Matthei intensifica ataques ao governo Boric enquanto Kast apoia o conteúdo

A candidata presidencial Evelyn Matthei apoiou as duras palavras de seu chefe de campanha contra o governo de Gabriel Boric, rotulando-o de 'incapaz e indolente' durante uma visita a Arica. José Antonio Kast concordou com o conteúdo das críticas, chamando a administração de 'fracassada'. Essas declarações ocorrem em meio a pesquisas mostrando Johannes Kaiser ganhando terreno.

Durante sua turnê em Arica em 29 de outubro de 2025, Evelyn Matthei, candidata do Chile Vamos, Amarillos e Demócratas, intensificou a ofensiva iniciada por seu chefe de campanha, Diego Paulsen, que rotulou o governo de 'atorrante'. Enquanto apresentava propostas para impulsionar o emprego feminino, Matthei apoiou o termo e acrescentou o seu: "A verdade é que dói neles. A única coisa que quero dizer é que a vasta maioria dos chilenos sente que este governo tem sido irresponsável, incapaz e indolente".

Matthei questionou o desempenho da administração: "Pergunto aos chilenos, vocês estão melhor do que há quatro anos? Acham que este tem sido um governo que cumpriu? Que cumpriu com as mulheres? Disseram que seria um governo feminista. Onde está o feminismo? Além de lenços pequenos e puro simbolismo, nada para as mulheres". Ela citou a reconstrução de casas queimadas, onde apenas 11% foi concluído em dois anos, e comparou com o trabalho de Sebastián Piñera.

O governo rebateu com força. O ministro do Interior, Álvaro Elizalde, disse que "há comentários que nem merecem resposta, a ofensa não tem justificativa em um debate democrático". A porta-voz Camila Vallejo apontou que chegou ao "nível mais baixo do debate público". Matthei contra-argumentou criticando a intervenção de Boric contra José Antonio Kast, acusando-o de favorecer certos candidatos em um segundo turno.

Mais cedo naquele dia, em um ponto de imprensa, Kast, candidato republicano e do Partido Social Cristão, concordou com o conteúdo: "Na essência, compartilhamos que se trata de um governo fracassado, que deixará um legado de mais homicídios, mais imigração ilegal, menos moradias, mais pessoas morrendo à espera de atendimento médico, mais jovens sem esperança". Ele evitou comentar as formas e rejeitou acusações de classismo do Frente Amplio, contra-atacando com exemplos do governo. O líder republicano Arturo Squella apoiou Paulsen, notando que as queixas nas ruas são mais duras.

Essa troca ocorre na reta final da corrida presidencial, com Kaiser subindo nas pesquisas e ameaçando Matthei e Kast.

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