A Mahadi Energy Limited processou no Tribunal Superior para impedir o Premier Bank de vender suas propriedades em Nairóbi e Mombaça devido a um empréstimo alegado de 631 milhões de xelins. A empresa diz que o empréstimo foi concedido sob as leis da Sharia islâmica e que pagou mais de 530 milhões de xelins, mas o banco não registrou os pagamentos. Isso os deixou sem armazenamento para seus contêineres.
A Mahadi Energy Limited (MEL), uma distribuidora de petróleo que opera na África Oriental e Central com um capital de 14 bilhões de xelins, recorreu ao Tribunal Superior de Milimani, em Nairóbi, para contestar a venda de suas propriedades pelo Premier Bank (PBL), anteriormente First Community Bank.
O empréstimo de 631.558.748 xelins foi concedido à MEL entre 2011 e 2017 sob as leis da Sharia islâmica, incluindo Murabaha e Musharakah, que proíbem juros altos ou Riba. O diretor-gerente da MEL, Sr. Ibrahim Hussein Mahadi, afirmou: “O PBL, que era anteriormente First Community Bank Limited, concedeu à MEL um empréstimo de 631.558.748 xelins.” Ele acrescentou: “Empréstimos concedidos sob as leis da Sharia islâmica conhecidas como Murabaha e Musharakah não permitem que o banco fali um cliente cobrando lucros altos (Riba).”
A MEL alega ter pago mais de 530 milhões de xelins, mas o PBL não refletiu esses pagamentos em seus registros. O banco leiloou o pátio de contêineres de Mombaça Mainland, o terceiro maior da região, que foi comprado pela Shabeel Project Services Limited (SPSL). Isso privou a MEL de armazenamento para contêineres contendo bens perecíveis.
O Tribunal Superior de Mombaça rejeitou a venda do pátio, mas o Tribunal Superior de Nairóbi permitiu-a sem divulgação completa dos fatos. Por meio dos advogados Danstan Omari e Stanley Kinyanjui, a MEL busca reverter a ordem de 8 de dezembro de 2025. O juiz Mohamed Kullow determinou a submissão de cópias do caso e marcou a audiência para essa data.