O empresário e ex-subsecretário de Turismo Simón Levy relatou uma suposta tentativa de assassinato contra sua vida em Washington, D.C., da qual escapou ileso em um veículo blindado. Enquanto isso, o Ministério Público do México confirmou sua detenção em Portugal devido a dois mandados de prisão ativos. Levy rejeitou a versão oficial e acusou indivíduos ligados ao Morena de ameaças.
Em 29 de outubro de 2025, Simón Levy, ex-subsecretário de Planejamento e Política de Turismo durante o governo de Andrés Manuel López Obrador, reapareceu em vídeos nas redes sociais para negar sua detenção em Portugal e relatar um incidente violento. De acordo com seu relato, nas primeiras horas de quarta-feira, dois indivíduos se aproximaram e dispararam pelo menos duas vezes contra ele em Washington, D.C. 'Felizmente, nada me aconteceu. Entrei rapidamente em um carro blindado e consegui sair. Escapei por um milagre', afirmou em entrevista a Luis Cárdenas.
Levy acusou diretamente membros do partido Morena de enviarem ameaças de morte contra ele e sua família devido às suas críticas ao ex-presidente López Obrador. 'Recebi várias ameaças, diretamente de pessoas do partido Morena. Ontem foi a mais precisa: disseram-me que, se eu continuasse me envolvendo com Andrés Manuel López Obrador, não só me matariam, mas também meus filhos. Felizmente, meus filhos não estão no México', afirmou. Em um vídeo, ele se dirigiu à presidente Claudia Sheinbaum: 'Aqui estou eu, Senhora Presidente, para lhe dizer que, seja o que for que precise, aqui está um mexicano pronto para erguer a voz.'
Naquela manhã, o Ministério Público da Cidade do México (FGJCDMX) emitiu um comunicado confirmando a detenção de Levy em Lisboa em 28 de outubro, resultante de alertas migratórios e um mandado vermelho da Interpol. Os dois mandados de prisão decorrem de faltas a audiências: um de dezembro de 2021 por crimes ambientais e responsabilidades de diretor em uma construção irregular em Polanco, com ausências em agosto de 2022 e 2025; o outro de novembro de 2021 por ameaças e danos intencionais à propriedade, com cinco faltas de dezembro de 2021 a outubro de 2022. Levy afirma que os casos são 'fabricados', um prescrito e o outro resolvido em seu favor como vítima.
Sheinbaum comentou brevemente em sua coletiva de imprensa: 'Parece que sim, em Portugal, acho. E é de um aviso que estava lá, uma queixa apresentada por um particular contra ele há algum tempo na Cidade do México.' As versões conflitam, com Levy afirmando estar livre nos Estados Unidos e ter apresentado um boletim de ocorrência pela tentativa, enquanto o Ministério Público afirma que ele enfrenta medidas cautelares em Portugal para extradição.