O presidente dos EUA Donald Trump criticou novamente a Espanha por não elevar seus gastos com defesa para os 5% do PIB acordados pela OTAN. Durante uma coletiva de imprensa com o presidente ucraniano Volodímir Zelenski, Trump afirmou que a Espanha é desleal e deve ser repreendida. Esta é a terceira vez que o líder levanta a questão em uma semana.
Donald Trump reiterou sua insatisfação com o nível de gastos de defesa da Espanha, que atinge 2% do PIB, equivalente a cerca de 30 bilhões de euros. O governo de Pedro Sánchez mantém que atende aos objetivos de capacidade militar atribuídos pela OTAN. No entanto, Trump insiste que a Espanha deve aderir ao acordo da OTAN do verão passado, que eleva o limite para 5% do PIB, implicando mais 40 bilhões para a Espanha.
Em uma coletiva de imprensa com Zelenski, Trump declarou: «A Espanha deve ser repreendida, mas isso depende da OTAN e da Espanha.» Ele acrescentou: «Não é leal. É a única. Os outros [países] passaram de 2% para 5%, mas a Espanha discordou disso. É muito ruim que tenham feito isso. Acho que a Espanha deve ser repreendida, mas isso depende deles, da OTAN e da Espanha.»
Esta é a terceira menção de Trump ao assunto. Há três dias, ele ameaçou impor tarifas: «É possível que eu o faça [impor tarifas]... A Espanha é a única [que não paga], tem que ser punida por isso», disse ao lado do presidente argentino Javier Milei. O governo espanhol respondeu que os EUA não podem impor tarifas unilateralmente à Espanha como membro da UE. O ministro da Economia Carlos Cuerpo lembrou: «A Espanha faz parte de uma união aduaneira dentro da UE e, portanto, é a Comissão Europeia que negocia os acordos comerciais.»
A Comissão Europeia apoiou a Espanha: «Responderemos de forma apropriada, como sempre fazemos, a qualquer medida tomada contra um ou mais dos nossos Estados-membros.» Há uma semana, Trump sugeriu expulsar a Espanha da OTAN durante uma reunião com o presidente finlandês Alexander Stubb: «Durante a cúpula da OTAN, tivemos um atrasado. Era a Espanha... Talvez vocês devessem expulsá-los da OTAN.»