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Trump revela acordo de precificação de medicamentos com AstraZeneca

11 de outubro de 2025
Reportado por IA

O presidente Donald Trump anunciou um acordo com a AstraZeneca na sexta-feira, oferecendo descontos em medicamentos para o Medicaid em troca de alívio tarifário. Isso segue um acordo similar com a Pfizer na semana passada como parte dos esforços para reduzir os preços de medicamentos prescritos nos EUA. A Casa Branca pretende usar esses pactos como modelo para negociações com outros fabricantes de medicamentos.

O acordo espelha o pacto da semana passada com a Pfizer, estabelecendo um quadro para o objetivo da administração de reduzir os custos de medicamentos prescritos nos Estados Unidos. Em julho, Trump enviou cartas a 17 principais fabricantes de medicamentos instando-os a cortar preços, com a Pfizer e a AstraZeneca sendo as primeiras a cumprir.

Em um evento no Salão Oval, o CEO da AstraZeneca, Pascal Soriot, afirmou que a empresa oferecerá alguns medicamentos com até 80% de desconto nos preços de lista por meio do site TrumpRx planejado para o próximo ano. Ele acrescentou que a empresa receberá uma isenção tarifária de três anos "para localizar o restante de nossos produtos".

Pacientes dos EUA pagam quase três vezes mais por medicamentos do que em outras nações desenvolvidas, o que motivou a campanha de pressão de Trump. No mês passado, ele ameaçou tarifas de 100% após negociações anteriores paralisarem, de acordo com lobistas e executivos. O programa Medicaid, que cobre mais de 70 milhões de indivíduos de baixa renda, já garante os preços de medicamentos mais baixos nos EUA, com gastos brutos de cerca de US$ 80 bilhões em 2021—muito abaixo dos US$ 216 bilhões do Medicare.

Especialistas questionam o impacto do acordo. Craig Garthwaite, professor na Kellogg School of Management da Universidade Northwestern, observou: "Se você olhar para o portfólio da AstraZeneca, eu não acho que haja um monte de medicamentos que existam onde isso vá envolver eles dando um desconto muito grande ao Medicaid".

Rena Conti, professora associada na Universidade de Boston, acrescentou: "É bom para as empresas e tem benefícios muito incertos, se houver algum, para os americanos que lutam com a acessibilidade de medicamentos prescritos".

A AstraZeneca alinhou-se estreitamente com os interesses dos EUA, anunciando um investimento de US$ 50 bilhões em manufatura e P&D até 2030, incluindo seu maior site global em Virginia e expansões em outros cinco estados. Em setembro, começou a vender medicamentos para diabetes e asma diretamente a pacientes que pagam em dinheiro com até 70% de desconto. Soriot descreveu a empresa anglo-sueca como uma "empresa muito americana" e planeja listar ações nos EUA ao lado do Reino Unido e da Europa.

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