Corpo de Krishna Aguilera encontrado após 21 dias desaparecida

O corpo sem vida da jovem de 19 anos Krishna Aguilera foi descoberto no domingo no setor Catemito de Calera de Tango após 21 dias desaparecida. A Polícia de Investigações (PDI) e o Ministério Público confirmaram um sequestro e homicídio planejados ligados a Juan Beltrán e seu círculo. Seis pessoas foram detidas, com formalizações pendentes para terça-feira.

Krishna Aguilera desapareceu em 4 de outubro em San Bernardo, perto da Clínica Raúl Brañes, após sair com Juan Beltrán, um homem de 45 anos conhecido por seus laços com o tráfico de drogas. A jovem, que o conheceu aos 17 anos e compartilhava um vínculo sentimental embora não formal, foi convidada por ele para uma boate em Bellavista, da qual não retornou.

O prefeito inspetor Jorge Abatte, chefe nacional de Crimes contra as Pessoas na PDI, confirmou a descoberta: “Informamos que, por meio das diligências avançadas nesta investigação, logra-se a localização de Krishna, neste setor, nesta cena do evento, que tem sido trabalhada pelo laboratório e várias unidades especializadas para determinar definitivamente como esses eventos ocorreram”.

O Ministério Público Metropolitano Ocidental, liderado pelo promotor Marcos Pastén, descreveu o caso como um “sequestro com homicídio que foi planejado com antecedência. Isso não foi uma situação aleatória, não foi um crime passional, não foi circunstancial ou um acidente, isso foi um crime que havia sido planejado há algum tempo por Juan Beltrán e seu círculo”. O local foi “preparado precisamente para esses propósitos” e a condição do corpo indica que não foi acidental. Os detidos formam “um círculo todo ao redor de Juan Beltrán, por meio de vários laços sentimentais, econômicos e afetivos”, incluindo sua parceira, sua mãe e outros com laços de trabalho e familiares; um é menor e o sexto, um homem de 45 anos, cuja declaração ajudou a localizar o corpo.

Beltrán está em prisão preventiva desde a semana passada. Os outros cinco foram presos esta semana, e o sexto no domingo; suas detenções foram estendidas até terça-feira, 28, no Tribunal de Garantia de San Bernardo devido à falta de passos investigativos. O ministro da Justiça Jaime Gajardo detalhou que estão detidos em instalações separadas como alta segurança, Santiago 1, San Miguel e CIP-CRC, isolados para prevenir comunicação e garantir integridade. O ministro da Segurança Luis Cordero confirmou que Beltrán é “o líder de uma organização criminosa local” envolvida no tráfico de drogas em San Bernardo.

A irmã da vítima, Cristal Aguilera, expressou alívio mas frustração fora do Serviço Médico Legal, onde o corpo ainda não será liberado para exames: “Estou mais em paz porque consegui o que queria, eu sabia que tinha que encontrá-la... Muito tempo foi perdido, porque eu sempre disse quem era o principal suspeito”. Ela exigiu justiça: “Preciso que essas pessoas fiquem na prisão por muitos anos e nunca saiam, sem benefícios... São pessoas perigosas, preciso que elas nunca pisem na rua novamente”. Ela agradeceu à Municipalidade de San Bernardo mas negou contato com o governo e mencionou ser seguida por veículos sem ameaças concretas.

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