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Primeiro grupo de ativistas espanhóis retorna após detenção em Israel

Group of Spanish activists emotionally reuniting with families at airport upon return from detention in Israel, surrounded by media and flags.
06 de outubro de 2025
Reportado por IA

Vinte e um dos 49 ativistas espanhóis detidos por Israel enquanto tentavam entregar ajuda a Gaza retornaram à Espanha no domingo. Eles denunciam maus-tratos durante sua prisão, enquanto 28 permanecem detidos em uma prisão no deserto de Negev. O governo espanhol facilitou seu repatriamento e exige respeito aos seus direitos.

A flotilha Global Sumud, que transportava ajuda humanitária a Gaza, foi interceptada pelas forças israelenses em águas internacionais entre a noite de quarta-feira e quinta-feira, a cerca de 70 milhas náuticas da costa. Os 49 espanhóis a bordo foram detidos e levados a uma prisão no deserto de Negev. No domingo, 21 deles retornaram em um voo da Air Europa de Tel Aviv, pousando em Madri às 20h30. Entre eles estavam a ex-prefeita de Barcelona Ada Colau e o conselheiro Jordi Coronas, que prosseguiram para Barcelona, chegando às 23h22.

Ao chegarem, os ativistas denunciaram graves abusos. O advogado andaluz Rafael Borrego relatou: « Eles nos bateram, arrastaram pelo chão, vendaram, amarraram mãos e pés, nos colocaram em gaiolas, nos insultaram. » Ada Colau afirmou: « Eles nos sequestraram ilegalmente em águas internacionais. Houve maus-tratos, mas não é nada comparado ao que o povo palestino sofre todos os dias. » O deputado valenciano Juan Bordera mencionou um soco nas costelas e que mais de 100 ativistas estão em greve de fome.

Os libertados destacaram a negação de medicamentos, como insulina para diabéticos, e privações como água e sono. Jornalistas como Carlos de Barrón e Néstor Prieto confirmaram humilhações, incluindo assinaturas forçadas em documentos reconhecendo entrada ilegal em Israel sem tradutor ou assistência consular. Vestidos com roupas fornecidas pela prisão, eles leram uma declaração enfatizando que seu sofrimento é insignificante comparado ao dos palestinos em Gaza.

O ministro das Relações Exteriores José Manuel Albares explicou que esses 21 assinaram o documento exigido por Israel para deportação. O governo pagou as passagens para acelerar o retorno, e ministras como Mónica García e Sira Rego os receberam em Barajas. Albares exigiu: « Essa situação de retenção deve terminar imediatamente e seus direitos devem ser respeitados. »

Enquanto isso, 28 espanhóis permanecem detidos, seis em greve de fome. Israel nega os abusos; o ministro Itamar Ben Gvir defendeu: « Qualquer um que apoie o terrorismo é um terrorista e merece condições de terrorista. » Ativistas italianos e outros deportados ecoam queixas semelhantes, com duas ações judiciais na Itália por detenção ilegal.

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