Milei se reúne com 20 governadores para avançar em reformas

O presidente Javier Milei se reuniu com 20 governadores na Casa Rosada na quinta-feira para discutir o Orçamento de 2026 e as reformas trabalhista, tributária e penal. O encontro, considerado positivo pelo governo, visa construir consenso para o novo Congresso. Quatro governadores peronistas foram excluídos da cúpula.

O encontro começou às 17h no Salão Norte da Casa Rosada e durou cerca de duas horas. Governadores como Jorge Macri (CABA), Martín Llaryora (Córdoba), Maximiliano Pullaro (Santa Fe), Ignacio Torres (Chubut) e Marcelo Orrego (San Juan) participaram, ao lado do Gabinete nacional, incluindo Guillermo Francos, Luis Caputo e Patricia Bullrich. O presidente da Câmara dos Deputados, Martín Menem, também se juntou.

O foco principal foi o Orçamento de 2026, que garante o equilíbrio fiscal, e as reformas estruturais. O presidente Javier Milei afirmou que há “consenso absoluto” para a reforma trabalhista, destinada a formalizar trabalhadores informais sem afetar direitos adquiridos e a acabar com a “indústria de litígios”. “A Argentina tem um regime trabalhista anacrônico”, disse ele, e valorizou a derrota eleitoral de setembro como “uma bênção” que o obrigou a repensar sua gestão.

O porta-voz presidencial Manuel Adorni confirmou em uma coletiva de imprensa que o governo trabalhará “com todos, independentemente de diferenças partidárias”, priorizando poupança, investimento e propriedade privada. “A prosperidade econômica virá apenas do setor privado”, enfatizou ele. A reforma tributária eliminará impostos e reduzirá alíquotas para devolver “milhões de dólares” ao setor privado.

Os governadores elogiaram o diálogo. Marcelo Orrego (San Juan) valorizou o convite como “um compromisso com os argentinos” e abordou temas como o orçamento e as reformas. Jorge Macri (CABA) viu “vontades de todos para um Orçamento” e “diálogo muito honesto”. Martín Llaryora (Córdoba) chegou com “a esperança de que estabeleçamos um diálogo sério”.

Foram excluídos Axel Kicillof (Buenos Aires), Gildo Insfrán (Formosa), Ricardo Quintela (La Rioja) e Gustavo Melella (Tierra del Fuego). Francos justificou a decisão: “Que sentido tem sentar alguém à mesa que vem não com vocação para acordos, mas para confrontar?” Kicillof criticou a exclusão como um erro e desrespeito ao federalismo.

O governo busca apoio congressional para essas iniciativas, possivelmente adiando a opinião sobre o Orçamento até dezembro, com a nova composição legislativa.

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