As participações em Bitcoin atribuídas ao criador pseudônimo da criptomoeda, Satoshi Nakamoto, caíram quase US$ 5 bilhões em valor em 30 de outubro, em meio a uma correção mais ampla do mercado. A queda afetou carteiras intocadas por mais de uma década, reduzindo seu valor total para US$ 117 bilhões. Apesar da perda, essas participações permanecem como a maior participação individual em Bitcoin.
O mercado de cripto sofreu uma correção significativa na quinta-feira, 30 de outubro, apagando bilhões em valor em todo o setor. Entre os mais afetados estavam as participações em Bitcoin que se acredita pertencerem a Satoshi Nakamoto, o enigmático fundador da criptomoeda. De acordo com dados da Arkham Intelligence, essas participações caíram quase US$ 5 bilhões em um único dia, reduzindo seu valor em fiat para US$ 117 bilhões de um pico recente de mais de US$ 122 bilhões.
Estima-se que Satoshi Nakamoto controle cerca de 1,1 milhão de BTC, distribuídos por milhares de carteiras que permaneceram inativas por mais de uma década. Dados on-chain indicam que nem um único satoshi —a menor unidade do Bitcoin— foi movido desses endereços nos últimos 15 anos, destacando a ausência prolongada do fundador desde que desapareceu. Essa inatividade alimentou especulações sobre o impacto potencial se Satoshi algum dia reaparecesse e começasse a transferir fundos, o que poderia afetar imediatamente e de forma significativa o preço do Bitcoin.
Mesmo após a queda, o estoque de Satoshi representa mais de 5% do suprimento atual de Bitcoin, tornando-o de longe a maior participação individual. Para contexto, o segundo maior detentor é a MicroStrategy, liderada por Michael Saylor, com 640.808 BTC, ou cerca de 3% do suprimento. Carteiras antigas e perdidas de Bitcoin desempenham um papel crucial na escassez do ativo; estimativas sugerem que 3 a 4 milhões de BTC —14% a 19% do suprimento total de 21 milhões— são permanentemente inacessíveis devido a chaves esquecidas. As moedas intocadas de Satoshi exemplificam essa dinâmica, contribuindo para o valor percebido do Bitcoin como um recurso finito.