Paralisação do governo dos EUA começa por disputa sobre subsídios da ACA

O governo dos EUA entrou em paralisação em 1º de outubro de 2025, enquanto democratas e republicanos entraram em conflito sobre o financiamento de subsídios de prêmios da Lei de Cuidados Acessíveis. O líder da minoria da Câmara, Hakeem Jeffries, defendeu a posição democrata, recusando-se a aceitar cortes no programa. O impasse parou as operações federais não essenciais em meio a alertas de interrupções nos cuidados de saúde.
A paralisação parcial do governo começou à meia-noite de 1º de outubro de 2025, após o Congresso falhar em aprovar um projeto de financiamento antes do fim do ano fiscal em 30 de setembro. No centro da disputa está a extensão dos subsídios aprimorados de prêmios sob a Lei de Cuidados Acessíveis (ACA), também conhecida como Obamacare, programada para expirar no final de 2025. Os republicanos pressionaram por reduções ou eliminações desses subsídios no pacote de gastos, enquanto os democratas insistem em financiamento total sem condições.
O líder da minoria da Câmara, Hakeem Jeffries (D-N.Y.), defendeu a posição de seu partido em uma entrevista à NPR, afirmando: 'Não deixaremos que os republicanos desmantелем a ACA que forneceu cuidados de saúde a milhões de americanos.' Jeffries argumentou que o impulso democrata por uma resolução contínua limpa é essencial para evitar prejudicar populações vulneráveis. Da mesma forma, o Dep. Ritchie Torres (D-N.Y.) descreveu a paralisação como 'desnecessária e prejudicial' durante outra discussão na NPR, culpando as demandas do GOP por vincular mudanças de política não relacionadas à legislação de financiamento que deve ser aprovada.
Da perspectiva republicana, conforme relatado pela Fox News, os democratas se recusam a ceder nas proteções do Obamacare, prolongando a paralisação para o segundo dia. Um porta-voz do GOP observou: 'Os democratas estão segurando o governo como refém por causa do Obamacare', destacando ofertas de compromisso que foram rejeitadas. A análise da Slate aponta para o contexto mais amplo: o debate sobre o projeto de financiamento escalou quando os republicanos anexaram cortes nos subsídios da ACA para evitar o que chamam de gastos insustentáveis, levando ao impasse atual.
Os impactos imediatos da paralisação incluem licenças para trabalhadores federais e possíveis atrasos na assistência à inscrição na ACA. O Departamento de Saúde e Serviços Humanos alertou que, sem subsídios, milhões poderiam enfrentar prêmios mais altos ou perder a cobertura. Até 2 de outubro de 2025, as negociações continuam no Capitólio, sem resolução à vista. Ambos os lados acusam o outro de politizar serviços essenciais, sublinhando profundas divisões partidárias na política de saúde.