As Nações Unidas estão celebrando seu 80º aniversário ao longo de 2025, com foco especial no 24 de outubro como Dia da ONU. Para a África do Sul, esse marco destaca o papel da organização na transição do país da democracia para o desenvolvimento e liderança global. O Coordenador Residente da ONU, Nelson Muffuh, enfatiza a necessidade de renovação multilateral em meio a desafios globais.
À medida que as Nações Unidas se aproximam de seu 80º aniversário em 24 de outubro de 2025, a organização convoca uma reflexão e renovação da cooperação internacional. Na África do Sul, esse evento ressalta a parceria de longa data da ONU desde o renascimento democrático do país em 1994, que reafirmou os princípios da Carta da ONU de paz, dignidade, prosperidade compartilhada e direitos humanos.
A ONU apoiou o progresso da África do Sul desde suas primeiras eleições democráticas até avanços em crescimento inclusivo, educação, sistemas de saúde, coesão social, igualdade de gênero, gerenciamento de desastres, construção de um Estado ético, trabalho decente e proteção social. Apesar de desafios persistentes como pobreza, desigualdade, desemprego, crime, captura do Estado e problemas de prestação de serviços, conquistas notáveis incluem a expansão do acesso à eletricidade de 36% para cobertura quase universal, subsídios sociais alcançando mais de 28 milhões de pessoas e a recuperação da expectativa de vida após a crise do HIV/AIDS por meio do maior programa de tratamento de HIV do mundo.
A África do Sul não apenas se beneficia do multilateralismo, mas o defende, advogando pela reforma do Conselho de Segurança da ONU e uma arquitetura financeira internacional recalibrada. O presidente Ramaphosa afirmou na UNGA80 que “a arquitetura atual mina o espírito de cooperação e enfraquece a credibilidade da ONU”. A Parceria para Transição Energética Justa (JETP) exemplifica isso, com apoio da ONU em reformas de políticas, engajamento de partes interessadas e financiamento para garantir ações climáticas centradas em comunidades, empregos e equidade.
O Secretário-Geral da ONU, Antonio Guterres, observa que o multilateralismo pós-Segunda Guerra Mundial está desatualizado, lento, fragmentado e excludente, exigindo evolução em meio a mudanças demográficas, climáticas, econômicas e tecnológicas. A Secretária-Geral Adjunta da ONU, Amina Mohammed, enfatiza que a “África imparável”, com sua dinâmica e recursos, deve liderar essa renovação. O caminho da África do Sul oferece um modelo para a adaptação da ONU, guiado pela Agenda 2030 e pelo Pacto pelo Futuro, para abordar desafios interconectados como mudança climática, conflitos e desigualdade.