Uma mulher de 32 anos morreu em São Vicente, no litoral de São Paulo, após passar mal ao consumir bebida alcoólica em um bar. A polícia investiga possível intoxicação por metanol, em meio à crise que já causou 15 mortes no Brasil. O estabelecimento foi fechado por falta de alvará.
A Polícia Civil de São Vicente investiga a morte de uma mulher de 32 anos que consumiu bebida alcoólica no Bar 75 no sábado (25 de outubro de 2025). No domingo (26), ela apresentou vômitos e dor abdominal, sintomas compatíveis com intoxicação por metanol, e foi socorrida pelo Samu, mas chegou ao Pronto-Socorro Central sem sinais vitais.
A tia da vítima registrou boletim de ocorrência na delegacia. O Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) ainda analisa a causa da morte, que não foi confirmada. A Vigilância Sanitária fiscalizou o bar e o fechou por ausência de alvará de funcionamento. Garrafas lacradas e abertas foram recolhidas para análises laboratoriais, com apoio da Polícia Civil, conforme nota da Prefeitura de São Vicente.
O Bar 75 publicou comunicado em redes sociais afirmando manter 'rigorosos padrões de qualidade' e que 'nossas bebidas são provenientes de fornecedores regularizados e constantemente fiscalizados pela Vigilância Sanitária'. O estabelecimento se disse à disposição das autoridades para esclarecer os fatos.
A crise do metanol em bebidas alcoólicas completou um mês em 26 de outubro, sem conclusão sobre as adulterações. Dados do Ministério da Saúde indicam 15 mortes confirmadas no Brasil: nove em São Paulo, três em Pernambuco e três no Paraná. Em São Paulo, há 44 casos confirmados e 14 em investigação.
Propostas para combater o problema, como rastreamento via Sicobe ou logística reversa, enfrentam resistências da indústria e da Receita Federal. Empresas defendem redução de impostos para coibir o mercado ilegal, mas o consenso parece distante, podendo complicar o debate sobre o Imposto Seletivo na reforma tributária.