Os preços do cobre atingiram um novo máximo histórico de US$ 4.983 por libra, impulsionados por um acordo preliminar EUA-China para suspender tarifas. Isso gerou otimismo global que elevou o Ipsa do Chile e impulsionou ações de empresas expostas à Argentina após a vitória de Javier Milei. Os mercados dos EUA também subiram, com o Nasdaq ganhando 1,86%.
Os mercados globais fecharam em alta na segunda-feira, 27 de outubro de 2025, influenciados por um acordo preliminar EUA-China para suspender temporariamente tarifas, evitando um aumento de 100% anunciado por Donald Trump. O acordo, negociado em Kuala Lumpur à margem da cúpula da ASEAN, permite que a China adie restrições às exportações de terras raras por um ano e retome as compras de soja dos EUA. O secretário do Tesouro, Scott Bessent, confirmou que Pequim concordou em "adiá-las por um ano enquanto as reexamina" e retomar "compras agrícolas substanciais".
Nos EUA, o Nasdaq subiu 1,86%, o S&P 500 ganhou 1,22% e o Dow Jones 0,71%. O índice MSCI World subiu 1,11% e o MSCI ACWI 1,13%. No Chile, o Ipsa fechou em alta de 0,25% em 9.207,63 pontos, seu nível mais alto desde 5 de setembro de 2025 (9.210,68), aproximando-se de 9.300 intradiário. Acumula 3% em outubro e 38% em 2025. Jorge Tolosa, da Vector Capital, atribuiu o impulso ao acordo EUA-China, que "evitaria uma tarifa de 100%", e à vitória do partido de Javier Milei nas eleições parlamentares argentinas de domingo, beneficiando ações como Andina, CCU e Cencosud.
O cobre, principal exportação do Chile, subiu 1,67% para US$ 4.983 por libra na London Metal Exchange, um novo recorde nominal. Em três dias, soma 3,7%, 6,67% em outubro e 26,2% em 2025. No Comex, avançou 1,5% para US$ 5,17, perto do máximo de julho de 2025 (US$ 5,79). Emanoelle Santos, da XTB Latam, destacou o "otimismo renovado" do acordo antes da reunião Trump-Xi na Coreia do Sul, mais interrupções no fornecimento como em Grasberg (Indonésia) e El Teniente (Codelco). Felipe Sepúlveda, da Admirals, acrescentou expectativas de cortes de juros do Fed, projetando US$ 5,31 a médio prazo.
Empresas chilenas expostas à Argentina brilharam: Cencosud +7,41% (maior ganho desde janeiro de 2022), CCU +5,33%, Andina B +4,89%. A vitória de Milei confirma um swap de US$ 20 bilhões dos EUA e abre outro pelo mesmo valor. Macarena Gutiérrez, da Credicorp Capital, observou que o panorama negativo anterior da Argentina prejudicou essas ações, mas os fundamentos importam. Guillermo Araya, da Renta4, apontou benefícios de um peso argentino mais forte e menor risco-país. O dólar chileno caiu US$ 0,70 para 941,75, em uma faixa de 935,50-942,50.