FCC revogará decisão de segurança em telecomunicações em meio a resistência da indústria

A Comissão Federal de Comunicações planeja votar em novembro para revogar uma decisão de janeiro de 2025 que exigia que provedores de serviços de internet protegessem suas redes contra acesso ilegal. O presidente Brendan Carr argumenta que a medida excedeu a autoridade da agência e prefere compromissos voluntários das operadoras em vez disso. A decisão segue lobby de grandes grupos de telecomunicações em resposta a ameaças de cibersegurança como os ataques Salt Typhoon.

Em janeiro de 2025, logo antes de os republicanos assumirem o controle majoritário da FCC, a comissão adotou uma decisão declaratória sob a Lei de Assistência às Comunicações para Execução da Lei de 1994 (CALEA). Essa decisão interpretou a seção 105 da CALEA como exigindo que operadoras de telecomunicações protegessem suas redes contra acesso ou interceptação ilegal, estendendo deveres a escolhas de equipamentos e práticas de gerenciamento de rede. Foi uma resposta a ciberataques chineses, incluindo a infiltração Salt Typhoon em provedores como Verizon e AT&T, que comprometeram roteadores e switches explorando equipamentos obsoletos e protocolos fracos.

A decisão, acompanhada de um Aviso de Proposta de Regulamentação para padrões mais rigorosos, enfatizou a higiene básica de cibersegurança, como controles de acesso baseados em funções, senhas fortes, autenticação multifator e correção de vulnerabilidades. A então presidente Jessica Rosenworcel defendeu-a como 'senso comum', afirmando: 'Isso é senso comum', e notando que a CALEA obriga as operadoras a garantir que interceptações ocorram apenas com autorização legal e intervenção da operadora.

No entanto, operadoras de cabo, fibra e móvel protestaram. Em fevereiro, CTIA-The Wireless Association, NCTA-The Internet & Television Association e USTelecom-The Broadband Association peticionaram para revertê-la, argumentando que a CALEA apenas facilita interceptações legais e que a FCC não tem autoridade para padrões técnicos.

Sob o presidente Brendan Carr, a FCC agora vê a decisão como 'ilegal e desnecessária'. Um rascunho de ordem para a votação de 20 de novembro a revogará e retirará a regulamentação, optando por uma 'abordagem direcionada' por meio de parcerias federal-privadas. Carr destacou os passos voluntários das operadoras, incluindo correções aceleradas, atualizações de controles de acesso, desativação de conexões desnecessárias, melhoria na caça a ameaças e compartilhamento aprimorado de informações. A ordem argumenta que a interpretação anterior expandiu erroneamente a CALEA além da facilitação de escutas para impor práticas em toda a rede.

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