Voltar aos artigos

Galáxias ejetam matéria de forma mais violenta do que o esperado

07 de outubro de 2025
Reportado por IA

Uma nova análise revela que buracos negros supermassivos em galáxias ejetam matéria bariônica de forma muito mais agressiva do que se pensava anteriormente, explicando o gás cósmico ausente há muito tempo. Pesquisadores da Universidade da Califórnia, Berkeley, combinaram observações do fundo cósmico de micro-ondas para mapear como essa matéria comum diverge da matéria escura. As descobertas destacam o papel poderoso dos buracos negros na formação da distribuição de massa do universo.

Por anos, cosmólogos se perguntaram sobre o paradeiro da matéria bariônica, a substância comum feita de partículas como prótons e nêutrons que forma estrelas, planetas e gás. Embora a matéria escura domine o universo, os bárions pareciam parcialmente ausentes, com apenas alguns por cento presos em estrelas e o resto como gás difuso e difícil de detectar.

Boryana Hadzhiyska, da Universidade da Califórnia, Berkeley, e sua equipe abordaram isso analisando o fundo cósmico de micro-ondas — o brilho residual do big bang. Eles examinaram como a matéria bariônica projeta sombras nessa radiação e como campos gravitacionais de objetos massivos a distorcem. Isso permitiu que pinpointassem onde a matéria bariônica se agarra aos halos de matéria escura e onde ela se separa, tanto dentro das galáxias quanto no espaço intergaláctico.

Os resultados mostram que a matéria bariônica está mais espalhada do que a matéria escura, sugerindo que buracos negros supermassivos nos centros das galáxias a ejetam com violência inesperada. "A matéria consiste em matéria escura, que é o componente predominante, e matéria bariônica ou, essencialmente, gás. Para esse gás, apenas cerca de alguns por cento estão na forma de estrelas, e o resto na forma de gás difuso," explicou Hadzhiyska.

Especialistas elogiam o trabalho por esclarecer as influências dos buracos negros. "Entender exatamente como esse processo acontece e quão forte ele é, ou seja, quanta matéria pode realmente ser ejetada de uma galáxia dada permaneceu [até agora] extremamente incerto," disse Colin Hill, da Universidade de Columbia. "Isso nos dá uma sonda complementar para entender o papel dos buracos negros supermassivos em mover gás ao redor das galáxias," acrescentou Alex Krolewski, da Universidade de Waterloo.

Essas percepções poderiam resolver debates sobre a aglomeração do universo, onde a gravidade agrupa a matéria. A equipe planeja incorporar mais dados, como rajadas de rádio rápidas passando pelo gás. "Um 'censo de bárions' ainda melhor, com menos incertezas, ainda é necessário," observou Michael Shull, da Universidade do Colorado Boulder. Hadzhiyska espera que isso possa revelar desvios da cosmologia padrão, particularmente no comportamento da matéria escura. O estudo aparece em Physical Review D (DOI: 10.1103/kclp-x5j1) e arXiv (DOI: 10.48550/arXiv.2507.14136).

Static map of article location