Mercado Libre reporta receitas de US$7.400 milhões para o T3 2025

Mercado Libre, a principal empresa de comércio eletrônico da América Latina, reportou receitas líquidas de US$7.400 milhões para o terceiro trimestre de 2025, um aumento de 39% em relação ao ano anterior que superou as expectativas dos analistas. No entanto, o lucro líquido de US$421 milhões ficou aquém devido à instabilidade na Argentina. O crescimento foi impulsionado por iniciativas no Brasil e no México.

Mercado Libre divulgou seus resultados financeiros do terceiro trimestre de 2025 (julho-setembro), registrando receitas líquidas de US$7.400 milhões, um aumento de 39% em relação ao ano anterior. Essa cifra superou as projeções dos analistas de US$7.200 milhões e marcou o 27º trimestre consecutivo de crescimento de receitas. O valor bruto de mercadorias (GMV) subiu 35% em termos de moeda constante.

A renda operacional atingiu US$724 milhões, um aumento de 30% em relação ao ano anterior, embora tenha ficado abaixo das expectativas de US$752 milhões. O lucro líquido foi de US$421 milhões, um aumento de 6% em relação a 2024, mas inferior aos US$481 milhões previstos, impactado pela desvalorização do peso argentino, taxas de imposto mais altas lá e demanda reduzida devido à instabilidade econômica. «A desaceleração nas vendas na Argentina desde a primeira metade do ano também contribuiu para a contração de margens», explicou o diretor financeiro Martín de los Santos.

No Brasil, seu principal mercado, a redução do limite de frete grátis em junho impulsionou um crescimento de 34% no GMV e 42% nos itens vendidos, com compradores únicos subindo 29%, o ritmo mais rápido desde o T1 2021. «Fizemos investimentos no Brasil e já estamos colhendo os frutos desses investimentos», declarou de los Santos. Essas medidas, junto com a expansão de ofertas de cartões de crédito, reduziram o atrito nas compras online e aumentaram a preferência pelo Mercado Pago, embora as margens operacionais (Ebit) tenham caído para 9,8%, o menor nível desde o T4 2023.

O México apresentou desempenho forte, com crescimento de 42% nos itens vendidos e 34% no GMV em moeda constante, impulsionado por comércio transfronteiriço, negócio 1P e penetração recorde em fulfillment. Na Argentina, os itens vendidos aumentaram 34% e o GMV 44%. Para o Mercado Pago, o portfólio de empréstimos cresceu 83% para US$11.000 milhões, com inadimplência caindo para 6,8%, e o volume de pagamentos subiu 32% para US$47.700 milhões. Sediada no Uruguai, a empresa enfatizou seu foco em oportunidades de crescimento de longo prazo apesar das pressões de margens de curto prazo.

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