Razões pelas quais o dólar americano permanece abaixo de US$ 4.000 pesos na Colômbia

O dólar americano completou oito semanas sem ultrapassar US$ 4.000 pesos na Colômbia, impulsionado por fatores globais e locais, como o corte de juros do Federal Reserve e o aumento dos influxos de dólares. Analistas apontam a fraqueza do índice DXY e operações governamentais que fortalecem o peso. Essa estabilidade beneficia importações e viagens aos Estados Unidos.

O dólar americano manteve sua cotação abaixo de US$ 4.000 na Colômbia por oito semanas consecutivas até 29 de outubro de 2025, registrando uma queda de US$ 128 nos últimos meses. Essa tendência é atribuída principalmente a eventos internacionais e decisões locais que favoreceram a valorização de 3,25% do peso colombiano entre 2 de setembro e 29 de outubro, segundo a Bloomberg.

Um fator chave foi o primeiro corte de juros do Federal Reserve em 17 de setembro de 2025, de 25 pontos-base, que enfraqueceu o dólar globalmente. Alexander Ríos, economista-chefe da Inverxia, explicou: «o primeiro corte de 25 pontos-base em setembro de 2025 enfraqueceu o dólar globalmente, pois o DXY caiu mais de 10% no ano, atraindo fluxos para mercados emergentes como a Colômbia». Essa medida aumentou o apetite dos investidores por mercados emergentes, reduzindo a demanda por dólares como refúgio seguro.

Localmente, desde 24 de setembro, o Governo Nacional monetizou parte de uma operação de gerenciamento de dívida, inundando o mercado com moedas estrangeiras. Ríos acrescentou que «investidores internacionais compraram dívida pública local, TES, aumentando a oferta de dólares. Em setembro de 2025, isso coincidiu com a calmaria nos mercados globais, reduzindo a incerteza e fortalecendo o peso». Além disso, aumentaram as remessas, as monetizações governamentais e os fluxos de exportação.

Fatores geopolíticos também contribuíram: possíveis acordos comerciais entre EUA e China, um cessar-fogo em Gaza e a decisão de não elevar tarifas sobre a Colômbia. A fraqueza do índice DXY, com média próxima a 98 pontos após máximas acima de 115, valorizou moedas como o euro, a libra esterlina e o iene em dois dígitos este ano, segundo Catalina Tobón da Skandia Colômbia.

Em 29 de outubro, o dólar fechou em 3.885,65 pesos, com mínimo de 3.866 e máximo de 3.914. Mauricio Acevedo da Corficolombiana observou que essa queda torna as viagens aos EUA mais acessíveis, impulsionando o turismo em comparação com 4.500 pesos no ano passado.

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