O conselho de administração do Sabadell rejeita novamente a oferta de aquisição da BBVA e aumenta o dividendo
O conselho de administração do Banco Sabadell rejeitou pela segunda vez a oferta de aquisição hostil da BBVA. O banco decidiu aumentar seu dividendo como medida para fortalecer sua posição. Essa decisão ocorre em meio ao escrutínio regulatório na União Europeia.
O conselho de administração do Banco Sabadell reuniu-se em 29 de setembro de 2025 e rejeitou novamente a oferta de aquisição hostil da BBVA, avaliada em 12 bilhões de euros. É a segunda vez que o banco sediado em Alicante descarta a proposta, argumentando que ela subestima seu potencial e não reflete o verdadeiro valor da entidade.
Josep Oliu, presidente do Sabadell, declarou: «Acreditamos que a oferta não captura o verdadeiro valor do nosso banco e suas perspectivas futuras.» Em resposta à OPA lançada pela BBVA em maio de 2024, o Sabadell optou por aumentar seu dividendo em 20%, elevando-o para 0,20 euros por ação, pagável em dezembro de 2025. Essa medida visa recompensar os acionistas e dissuadir pressões externas.
O contexto dessa operação remonta à OPA inicial da BBVA, que visava criar o maior banco da Espanha em termos de capitalização de mercado. No entanto, a Comissão Europeia abriu uma revisão detalhada do acordo desde julho de 2025, avaliando os impactos potenciais na concorrência no setor bancário espanhol. Fontes próximas ao assunto indicam que o regulador pode exigir concessões significativas, como vendas de ativos.
Do ponto de vista da BBVA, o CEO Onur Genç insistiu que a OPA é «amigável e benéfica para todos os acionistas». No entanto, o Sabadell mantém sua independência, destacando sua força financeira: no primeiro semestre de 2025, registrou um lucro líquido de 550 milhões de euros, 15% superior ao do ano anterior.
Esse confronto destaca as tensões no setor bancário espanhol, onde as fusões são vistas como uma forma de ganhar escala em um mercado competitivo. Analistas observam que a rejeição pode prolongar a incerteza, afetando os preços das ações de ambas as entidades na Bolsa de Madrid.