A Unidade de Crimes Financeiros T3, apoiada pela Tether, Tron e TRM Labs, congelou US$ 300 milhões em fundos contaminados em seu primeiro ano. Lançada para abordar a atividade de stablecoins na Tron, a iniciativa ganhou reconhecimento global por combater crimes financeiros. Ela destaca esforços liderados pela indústria em segurança de blockchain por meio de colaborações público-privadas.
A Unidade de Crimes Financeiros T3 foi formada em setembro de 2024 pelo emissor de stablecoins Tether, a blockchain Tron e a plataforma de inteligência blockchain TRM Labs. Inicialmente voltada para limpar a atividade de stablecoins na Tron, evoluiu desde então para um modelo global de aplicação da lei para segurança de blockchain.
Desde seu lançamento, a T3 monitorou transações e coordenou apreensões de alto perfil visando os proventos de golpes de “pig butchering” e redes de crime organizado na Europa. Suas investigações agora abrangem cinco continentes. A unidade recebeu reconhecimento recente da Polícia Federal do Brasil por seu papel na Operação Lusocoin, uma grande operação contra lavagem de dinheiro, demonstrando o impacto da colaboração público-privada na prevenção de crimes financeiros em cripto.
Marcos principais incluem o congelamento de US$ 100 milhões em USDT ilícitos até janeiro de 2025, com US$ 3 milhões ligados a redes norte-coreanas. Até agosto de 2025, o total chegou a US$ 250 milhões, coincidindo com o lançamento do Programa de Colaboradores Globais T3+. Esse programa promove coordenação em tempo real com exchanges e forças de segurança, começando com a Binance e resultando no congelamento de US$ 6 milhões ligados a um golpe de pig-butchering.
“A Tether está profundamente comprometida em manter a integridade do ecossistema financeiro colaborando com mais de 280 agências de aplicação da lei globalmente”, disse Paolo Ardoino, CEO da Tether, em um comunicado. O marco de US$ 300 milhões sublinha a capacidade da indústria cripto para autorregulação e accountability.