Deputados aprovam acusação contra juiz Ulloa por 141 votos

A Câmara dos Deputados do Chile aprovou uma acusação constitucional contra o juiz Antonio Ulloa do Tribunal de Apelações de Santiago por ampla maioria, devido a supostos contatos com Luis Hermosilla. A votação, com 141 a favor, uma contra e duas abstenções, envia o caso ao Senado na próxima semana. Os legisladores destacaram a medida como um passo para a transparência no judiciário.

Em 29 de outubro de 2025, a Câmara dos Deputados do Chile aprovou a admissibilidade da acusação constitucional contra o juiz Antonio Ulloa, após rejeitar o recurso de sua defesa. A votação registrou 141 a favor, uma contra da deputada María Luisa Cordero, e abstenções de José Miguel Castro e Sergio Bobadilla. Essa ação, motivada por questionamentos sobre os contatos de Ulloa com o advogado Luis Hermosilla, agora segue para o Senado, onde será analisada na próxima semana por uma comissão composta pelos deputados Carolina Tello, Eric Aedo e Daniel Manouchehri.

Legisladores de vários partidos reagiram positivamente, enfatizando a necessidade de integridade judicial. Alejandra Placencia (PC), chefe da comissão revisora, declarou: “Para nós, é muito claro que o que votamos hoje, por uma maioria esmagadora, é votar a favor da transparência, a favor da probidade e das garantias que nosso país deve fornecer a todos os cidadãos.” Daniel Manouchehri (PS), signatário da acusação, acrescentou: “Não podemos permitir que nosso sistema de justiça seja cooptado por redes obscuras.”

Daniella Cicardini (PS) enfatizou: “Acho que um juiz desonesto causa mais dano à nossa sociedade do que 100 criminosos soltos.” Camila Musante (PPD) observou que a aprovação desmantela “a rede de favores que Hermosilla instalou no judiciário.” Andrés Giordano (FA) afirmou que “a imparcialidade e a probidade não são opcionais; elas são um dever.” Da oposição, Camila Flores (RN) criticou o Supremo Tribunal por não ter agido antes: “A Câmara dos Deputados simplesmente corrigiu um erro e finalmente removeu o ministro Ulloa.”

Ao deixar o Congresso, o juiz Ulloa respondeu: “Submeto-me ao processo institucional. O importante é o resultado, e devemos ir ao Senado.” A medida se insere em esforços mais amplos para limpar o judiciário de influências indevidas, segundo os legisladores.

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