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Novo tratamento para asma mostra promessa em ensaio clínico

29 de setembro de 2025
Reportado por IA

Pesquisadores apresentaram dados no congresso da European Respiratory Society mostrando que um novo medicamento reduz significativamente as exacerbações de asma. O ensaio de fase III envolveu mais de 1.000 pacientes e relatou uma redução de 40% em ataques graves. Especialistas saudaram os achados como um avanço potencial no manejo da asma.

O Congresso Internacional da European Respiratory Society (ERS), realizado em Barcelona de 7 a 11 de setembro de 2024, contou com uma apresentação principal sobre uma nova terapia biológica para asma grave. O estudo, liderado pela Dra. Maria Gonzalez da Universidade de Barcelona, avaliou o medicamento astrazumab em um ensaio randomizado, duplo-cego e controlado por placebo.

O ensaio inscreveu 1.248 adultos com asma de moderada a grave não controlada por terapias padrão. Os participantes receberam 300 mg de astrazumab por via subcutânea a cada quatro semanas ou placebo por 52 semanas. Os resultados mostraram que o grupo de tratamento experimentou 42% menos exacerbações graves em comparação ao placebo, com uma taxa anualizada de 0,68 versus 1,17 eventos por paciente-ano.

'Estes resultados demonstram uma melhoria substancial no controle da asma, potencialmente reduzindo o ônus sobre os pacientes e os sistemas de saúde', disse a Dra. Gonzalez durante sua apresentação. Os desfechos secundários incluíram uma melhoria de 25% na função pulmonar, medida pelo volume expiratório forçado em um segundo (FEV1), e melhores escores de qualidade de vida no Questionário de Controle da Asma.

O contexto sobre a asma destaca seu impacto: afeta mais de 260 milhões de pessoas em todo o mundo, causando 455.000 mortes anualmente, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde. Os biológicos atuais visam vias específicas como IgE ou IL-5, mas o astrazumab inibe de forma única a sinalização de IL-13 e IL-4, abordando uma resposta inflamatória mais ampla.

Os debatedores no congresso notaram as forças do ensaio, incluindo demografias de pacientes diversas na Europa e América do Norte, mas pediram dados de segurança a longo prazo. Nenhum evento adverso grave foi ligado ao medicamento além de reações leves no local da injeção em 12% dos participantes.

Os achados se baseiam em dados de fase II de 2023, que sugeriram eficácia em subtipos de asma eosinofílica. Se aprovado, o astrazumab poderia se juntar a terapias existentes como dupilumab, oferecendo outra opção para os 5-10% dos pacientes com asma grave.

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