Pesquisadores descobrem novo método de armazenamento de carbono em solos
Cientistas identificaram um mecanismo novo em micróbios do solo que aprimora a sequestração de carbono a longo prazo. Este avanço pode ajudar a mitigar as mudanças climáticas ao bloquear mais CO2 atmosférico. Os achados foram detalhados em um estudo publicado em 1º de outubro de 2025.
Uma equipe de pesquisadores da Universidade da Califórnia, Davis, anunciou um avanço significativo na compreensão de como microrganismos do solo podem estabilizar o carbono por séculos. O estudo, publicado na revista Nature em 1º de outubro de 2025, revela que certas bactérias produzem enzimas que ligam compostos de carbono a partículas minerais, impedindo sua liberação de volta para a atmosfera.
A pesquisa começou em 2020, com experimentos de campo realizados em diversos ecossistemas na Califórnia e no Meio-Oeste dos Estados Unidos. Ao longo de cinco anos, os cientistas analisaram amostras de solo de 50 locais, medindo taxas de retenção de carbono sob condições variadas. Eles descobriram que em solos ricos em micróbios, a eficiência de sequestração de carbono aumentou em até 40% em comparação com áreas não tratadas. 'Esse processo poderia revolucionar as práticas agrícolas para mitigação climática', disse a pesquisadora principal, Dra. Elena Ramirez, microbiologista de solo na UC Davis. 'Ao fomentar essas bactérias, os agricultores podem transformar seus campos em sumidouros naturais de carbono.'
Fundamental para a descoberta foi a identificação de uma enzima específica, apelidada de 'CarbLock-1', que facilita a ligação. A enzima foi isolada de bactérias anaeróbicas que prosperam em solos de pântanos. Testes laboratoriais confirmaram que solos amendados com CarbLock-1 reteram 25% mais carbono após ciclos simulados de intemperismo de 100 anos. O estudo envolveu colaboração com o USDA e parceiros internacionais do Reino Unido e Austrália, reunindo dados de mais de 1.000 núcleos de solo.
Embora os achados ofereçam implicações promissoras para orçamentos globais de carbono —potencialmente compensando 5-10% das emissões agrícolas—, os pesquisadores alertam que escalar esse método requer testes adicionais. Fatores ambientais como pH e temperatura podem influenciar a eficácia. Não foram notadas contradições principais na fonte, que enfatiza a necessidade de apoio político para integrar isso em incentivos agrícolas.
Esse desenvolvimento se alinha aos esforços em andamento para alcançar emissões líquidas zero até 2050, fornecendo uma ferramenta biológica ao lado do reflorestamento e energia renovável.