Governadores de direita se reuniram no Rio de Janeiro em 30 de outubro de 2025 para apoiar a operação policial contra o Comando Vermelho que deixou 121 mortos nos complexos do Alemão e da Penha. Eles anunciaram a criação do 'Consórcio da Paz' para integrar ações de segurança pública e criticaram o governo federal. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, participou remotamente e defendeu classificar facções como terroristas.
A megaoperação policial, deflagrada em 28 de outubro de 2025 nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, resultou em 121 mortes, incluindo quatro policiais — dois civis e dois militares —, 113 prisões e a apreensão de 118 armas, segundo balanço oficial do governo fluminense. A ação, que mobilizou cerca de 2.500 agentes das polícias Civil e Militar, visava alvos do Comando Vermelho e foi elogiada pelo governador Cláudio Castro (PL) como um 'sucesso', apesar das perdas.
Em reunião no Palácio Guanabara em 30 de outubro, governadores de direita, incluindo Castro, Romeu Zema (Novo, MG), Ronaldo Caiado (União Brasil, GO), Jorginho Mello (PL, SC), Eduardo Riedel (PP, MS) e Celina Leão (PP, vice do DF), anunciaram o 'Consórcio da Paz'. O grupo pretende compartilhar inteligência, equipamentos e experiências para combater o crime organizado, com sede inicial no Rio. Tarcísio de Freitas (Republicanos, SP) participou por videoconferência, lamentando as mortes de policiais e oferecendo apoio de São Paulo. 'O estado do Rio de Janeiro agiu muito bem, fez a diferença', disse ele.
Os governadores atacaram o governo Lula (PT), com Zema afirmando: 'Temos um presidente que vai lá fora organizar a paz na Ucrânia, mas deixa o povo morrendo aqui'. Caiado criticou a PEC da Segurança Pública como 'fake' e associou esquerda à leniência com o crime. Tarcísio defendeu um projeto para equiparar facções a terroristas: 'Não há país forte quando o crime organizado está governando'. O governo federal respondeu enviando 30 peritos da PF e Força Nacional, além de 350 agentes da PRF, como primeira medida de um escritório emergencial.
Controvérsias incluem denúncias de tortura, falta de socorro e remoção de corpos por moradores, com o secretário Felipe Curi questionando lesões adicionais durante o resgate. Familiares de vítimas de outros estados enfrentam dificuldades no reconhecimento no IML.
