O Departamento de Transportes dos EUA cancelou 13 rotas atuais ou planeadas de companhias aéreas mexicanas do Aeroporto Internacional Felipe Ángeles (AIFA) e do Aeroporto Internacional da Cidade do México (AICM) para o seu território. Esta ação responde ao incumprimento do México do acordo bilateral de aviação de 2015, conforme anunciado pelo secretário Sean Duffy. Afeta a Viva Aerobus, a Aeroméxico e a sua subsidiária Connect, impactando voos para cidades como Houston, Nova Iorque e Los Angeles.
O governo dos EUA, sob a administração de Donald Trump, emitiu uma ordem na noite de terça-feira que proíbe as companhias aéreas mexicanas de expandirem ou operarem novas rotas do Aeroporto Internacional Felipe Ángeles (AIFA, código NLU) e do Aeroporto Internacional da Cidade do México (AICM, MEX) para qualquer ponto no território dos EUA até novo aviso. Esta decisão do Departamento de Transportes (DOT) afeta 13 rotas, incluindo nove voos planeados da Viva Aerobus para Austin (AUS), Nova Iorque (JFK), Chicago (ORD), Dallas/Fort Worth (DFW), Denver (DEN), Houston (IAH), Los Angeles (LAX), Miami (MIA) e Orlando (MCO), que não podem prosseguir. Também desaprova rotas existentes da Aeroméxico e da Aeroméxico Connect entre AIFA e Houston, bem como AIFA e McAllen, e a nova rota anunciada para Porto Rico.
A medida decorre do 'incumprimento contínuo' do México ao acordo bilateral de transporte aéreo de 2015, que prejudicou as companhias aéreas dos EUA. O DOT cita a redução das operações no AICM de 61 para 44 slots horários e a suspensão de voos de carga, congelando os direitos de tráfego das companhias aéreas dos EUA durante três anos. 'O Departamento desaprova todos os horários propostos que as referidas companhias aéreas estrangeiras possam posteriormente apresentar em resposta à Ordem 2025-7-11 para qualquer aumento proposto na frequência de serviços existentes entre Santa Lucía (NLU) ou Cidade do México (MEX), por um lado, e qualquer ponto nos Estados Unidos, por outro, até novo aviso', afirma a ordem.
O secretário Sean Duffy enfatizou: 'Até que o México pare de brincar e cumpra os seus compromissos, continuaremos a responsabilizá-lo.' Ele acrescentou: 'Nenhum país deve ser capaz de tirar vantagem das nossas companhias aéreas, do nosso mercado ou dos nossos passageiros sem consequências.' Embora a Secretaria de Infraestruturas, Comunicações e Transportes (SICT) do México tenha recentemente devolvido os slots confiscados, persiste a incerteza sobre a capacidade futura no AICM e um sistema opaco de alocação de slots, segundo o DOT. Isso cria um ambiente competitivo instável para as companhias aéreas dos EUA e afeta o turismo internacional mexicano.