Uma pesquisa da CBRE revela que 50% das empresas na Colômbia planejam expandir seus espaços de trabalho nos próximos três anos, sem reduções previstas. Mais de 50% esperam que os funcionários compareçam ao escritório pelo menos três vezes por semana. O mercado de escritórios de Bogotá mostra recuperação pós-pandemia com novas construções e alta ocupação em edifícios premium.
A pesquisa de sentimento dos inquilinos de escritórios CBRE 2025 destaca que 50% das empresas no país planejam expandir seus espaços de trabalho nos próximos três anos, enquanto nenhuma antecipa reduzir sua área ocupada. A CBRE gerencia transações para mais de 19.000 m² sob o modelo de pré-locação. Da área projetada para os próximos quatro anos, 75% se concentrará no Distrito Central de Negócios (CBD), com mais de 16% já garantidos por compromissos firmes de locação.
Antes da pandemia, em 2019, o mercado de escritórios de Bogotá era robusto, com uma taxa de vacância de 9,7% após três anos de declínio contínuo e aluguéis em torno de US$ 62.200 por metro quadrado. Naquele ano, mais de 185.000 m² foram ocupados, impulsionados por expansões nos setores de BPO, call centers e coworking. Pós-pandemia, a vacância subiu para 14,4% em 2021, mas muitas empresas se relocaram para edifícios de alta especificação. Entre 2020 e 2025, 16 edifícios Classe A+/A foram inaugurados, adicionando 239.000 m² de área locável, com projetos como Atrio, Connecta 80 e Central Point Torre. Cerca de 40% do espaço foi ocupado via pré-locação, e edifícios premium no CBD atingiram 100% de ocupação.
"As empresas mostraram que os escritórios não desapareceram: as prioridades mudaram. Hoje, os ocupantes valorizam especificações Triple A, localizações próximas ao transporte público, infraestrutura sustentável com certificações LEED ou EDGE, e comodidades que aprimoram a experiência do funcionário", disse Andrés Cardona, vice-presidente de Transações e Consultoria da CBRE Colômbia.
A pesquisa afirma que mais de 50% dos ocupantes esperam que os trabalhadores compareçam ao escritório pelo menos três vezes por semana, e 88% exigem um mínimo de duas vezes no mesmo período. Além disso, 63% das empresas preveem um aumento na frequência nos próximos anos. 75% dos inquilinos mantêm proporções estáveis para espaços flexíveis, adotando coworking por razões como redução do investimento inicial, flexibilidade operacional e gerenciamento da demanda por trabalho híbrido.