Preço do cobre supera US$5 pela primeira vez em Londres

O preço do cobre atingiu US$5,02 por libra na London Metal Exchange nesta quarta-feira, rompendo a barreira de US$5 pela primeira vez em termos nominais. Isso marca o valor histórico nominal mais alto e o segundo mais alto em termos reais desde 2011. Especialistas atribuem a alta às demandas da transição energética e às restrições de oferta.

Nesta quarta-feira, o cobre, principal produto de exportação do Chile, disparou na London Metal Exchange, fechando em US$5,02 por libra, um aumento de 1,38% em relação à terça-feira. De acordo com a Comissão Chilena do Cobre (Cochilco), este é o nível nominal mais alto registrado. Em outubro até agora, o preço subiu 8,67%, e 27,12% em 2025, com uma média anual de US$4.385 por libra, a mais alta registrada.

No mercado de futuros de Nova York (Comex), o cobre subiu 0,58% para US$5,20 por libra. Em termos reais, ajustado pelo IPC dos EUA, Gustavo Lagos, professor emérito da Universidade Católica, afirmou que 'o valor diário alcançado é, desde o final da Primeira Guerra Mundial, o segundo mais alto após os US$5.546 por libra de 2011 em moeda de 2024'.

A alta pode afetar as finanças públicas do Chile. Alejandro Fernández, sócio da Gemines Consultores, observou que 'uma parte desses maiores receitas não deve ser gasta e deve ir para o FEES'. Se o preço médio for de US$5 em 2026, isso geraria cerca de US$4 bilhões em receitas adicionais, equivalente a mais de 1% do PIB, embora 'o resultado efetivo melhore, mas ainda não dê muito espaço para gastos'.

As perspectivas permanecem otimistas. Cristián Cifuentes, analista da CESCO, enfatizou que 'o atual ciclo de alta do cobre tem fundamentos estruturais sólidos, ligados a restrições de produção, pressões de investimento em mineração e demanda persistente associada à transição energética global'. Os estoques nas bolsas de Londres e Xangai estão em níveis historicamente baixos.

As previsões dos bancos incluem o caso base da Citi de US$12.000 por tonelada (US$5,44 por libra) nos próximos 6-12 meses, e Goldman Sachs entre US$10.000 e US$11.000 por tonelada em 2026-2027. Lagos prevê uma média de US$5 por libra para os próximos oito anos a partir de 2025.

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