As autoridades federais prenderam Mahmoud Amin Ya’qub Al-Muhtadi, de 33 anos, em Louisiana por sua suposta participação no ataque terrorista liderado pelo Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023, e por entrar nos Estados Unidos com um visto fraudulento. Al-Muhtadi, membro de um grupo paramilitar baseado em Gaza, é acusado de armar combatentes, coordenar o assalto e cruzar para Israel perto de um local de massacre mortal. A prisão destaca os esforços contínuos para processar aqueles envolvidos no ataque que matou dezenas, incluindo cidadãos americanos.
Mahmoud Amin Ya’qub Al-Muhtadi, um gazano de 33 anos, foi preso em Lafayette, Louisiana, onde trabalhava em um restaurante. De acordo com uma denúncia criminal aberta na quinta-feira, Al-Muhtadi é acusado de participar ativamente do ataque liderado pelo Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023. Ele soube do assalto em andamento naquela manhã e "entrou em ação", armando-se, recrutando outros e entrando em Israel, afirmou John A. Eisenberg, Procurador-Geral Adjunto para a Segurança Nacional. Comunicações daquele dia mostram ele instruindo associados a "trazerem os fuzis", "se prepararem" e fornecerem coletes à prova de balas, munição e carregadores cheios, com uma mensagem dizendo: "Se você tiver um carregador cheio, traga para mim."
Evidências colocam Al-Muhtadi perto do Kibutz Kfar Aza, uma comunidade devastada no ataque onde militantes do Hamas massacraram dezenas de israelenses e quatro cidadãos americanos, de acordo com o Departamento de Justiça. Seu telefone se conectou a uma torre de celular lá na manhã de 7 de outubro, indicando que ele cruzou para o território israelense atrás da onda inicial de atacantes. Embora ainda não seja acusado de assassinatos diretos, a denúncia o acusa de organizar combatentes armados em Gaza e coordenar o assalto como operante das Brigadas de Resistência Nacional, a ala militar da Frente Democrática para a Libertação da Palestina (FDLP), um grupo que se juntou ao Hamas na operação de 7 de outubro.
Após o ataque, Al-Muhtadi obteve fraudulentamente um visto de imigrante dos EUA sob o nome Mahmoud Almuhtadi, negando qualquer ligação com organizações paramilitares, terrorismo, Hamas ou treinamento militar. Ele entrou nos Estados Unidos em 12 de setembro de 2024, via Aeroporto Internacional de Dallas-Fort Worth. Postagens em redes sociais posteriores o mostraram em Tulsa, Oklahoma, segurando uma pistola Glock. Em maio de 2025, as autoridades o rastrearam até Louisiana.
A Procuradora-Geral Pam Bondi descreveu Al-Muhtadi como "este monstro" que participou do "dia mais mortal para o povo judeu desde o Holocausto". Ela acrescentou: "Embora nada possa curar completamente as cicatrizes deixadas pelo brutal ataque do Hamas, a Força-Tarefa Conjunta do Departamento de 7 de Outubro está dedicada a encontrar e processar os responsáveis por aquele dia horrendo, incluindo o assassinato de dezenas de cidadãos americanos." A FDLP, outrora designada como organização terrorista estrangeira mas posteriormente removida da lista, tem um histórico de ataques incluindo o Massacre de Ma’alot de 1974 (27 mortos, incluindo 22 crianças), o bombardeio de Jerusalém de 1975 (sete civis mortos), a emboscada de ônibus na Cisjordânia de 2002 (nove mortos) e a "Noite dos Planadores" de 1987 (seis soldados israelenses assassinados). Eisenberg observou a prisão como "o primeiro passo público para trazer à justiça aqueles responsáveis por ferir americanos naquele dia."