Nigéria sai da lista cinzenta da FATF após reformas chave

A Nigéria foi removida da lista cinzenta do Grupo de Ação Financeira (FATF), encerrando mais de dois anos de escrutínio sobre riscos de lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo. A remoção segue reformas lideradas pelo Banco Central da Nigéria, que implementou medidas de combate à lavagem de dinheiro. Este passo restaura a confiança no sistema financeiro do país e facilita transações internacionais.

A Nigéria juntou-se à lista cinzenta da FATF em fevereiro de 2023, ao lado da África do Sul, enfrentando um escrutínio global acentuado sobre transações financeiras devido a deficiências percebidas no combate à lavagem de dinheiro, financiamento do terrorismo e riscos de proliferação. O FATF, sediado em Paris e composto por 40 membros, apoiado pelo Banco Mundial e pelo FMI, estabelece padrões para combater fundos ilícitos de crimes como tráfico de drogas e fraude cibernética. Outras nações na lista em vários momentos incluíram Moçambique em outubro de 2022 e Burkina Faso em fevereiro de 2021.

Ao assumir o cargo, o governador do Banco Central da Nigéria, Olayemi Cardoso, iniciou reformas para abordar estes problemas, incluindo maior supervisão das operações de bureaux de câmbio e bancos de depósitos monetários. Estes esforços garantiram o cumprimento das 40 recomendações da FATF, como a verificação da identidade do cliente, identificação dos beneficiários efetivos de ativos, compreensão dos propósitos das transações e escrutínio contínuo das relações bancárias.

A decisão da FATF de remover a Nigéria, juntamente com a África do Sul, Moçambique e Burkina Faso, destaca o progresso no fechamento de lacunas regulatórias. Em fevereiro de 2025, a FATF havia revisto 139 países, identificando 114 com fraquezas; 86 foram removidos desde então após reformas. A presidente da FATF, Elisa de Anda Madrazo, elogiou a vontade política sob a administração do presidente Bola Tinubu, afirmando: «A Nigéria demonstrou um forte compromisso político na luta contra crimes financeiros. No entanto, não é apenas o compromisso que importa, mas também a mudança e as medidas concretas que vimos implementadas.»

As partes interessadas acolheram a saída. O Dr. Uju Ogubunka, presidente da Associação de Clientes Bancários da Nigéria, disse: «Isso abre novas abordagens e oportunidades nos bancos nigerianos e nas relações dos clientes com instituições financeiras internacionais. Mostra que o sistema financeiro da Nigéria é seguro para pagamentos e outras transações. É algo a ser celebrado por todos os nigerianos.» Timothy Melaye da GIABA observou o compromisso inabalável do governo com as medidas de LMC/FT, enfatizando ameaças de crimes sofisticados e transnacionais como a lavagem de dinheiro baseada no comércio.

Para sustentar os ganhos, o BCN assinou um memorando de entendimento com o Banco de Angola nas reuniões do FMI/Banco Mundial de 2025 em Washington, DC, para fortalecer as regulamentações financeiras, supervisão transfronteiriça e cooperação em cibersegurança.

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