Democratas repensam mensagens sobre mudança climática após eleição de 2024

Quase um ano após sua derrota nas eleições de 2024, os democratas são aconselhados a minimizar a 'mudança climática' em favor de 'energia barata' para se conectar melhor com os eleitores. Uma nova pesquisa do Searchlight Institute destaca uma incompatibilidade entre as prioridades públicas e o foco percebido dos democratas. Essa mudança reflete declínios mais amplos no discurso climático em meio a outras questões urgentes.

A perda nas eleições de 2024 provocou uma autoanálise entre os democratas, com uma recomendação chave emergindo: evitar enfatizar a 'mudança climática'. De acordo com uma pesquisa recente do Searchlight Institute, um think tank democrata, os americanos veem a mudança climática como um problema, mas a classificam abaixo da acessibilidade e da saúde, especialmente em estados decisivos. No entanto, os eleitores acreditam que os democratas priorizam a mudança climática acima de tudo, potencialmente retratando o partido como desconectado.

"Advogados e funcionários eleitos devem entender que suas mensagens são ativamente enfraquecidas por um foco em 'clima' em vez de acessibilidade e preços baixos de energia, e que os eleitores buscam ajuda imediata com custos crescentes em vez de soluções para problemas abstratos", afirmou o instituto em sua análise.

O representante de Illinois Sean Casten, um defensor do clima, reconhece os desafios eleitorais, mas persiste na discussão. Ao lado do representante da Califórnia Mike Levin, ele introduziu a Agenda de Energia Barata para ligar energia limpa a contas mais baixas. "Não há vantagem eleitoral óbvia em ser realmente inteligente em políticas de energia e clima", disse Casten. "Pesquisas não dizem o que você fala. Elas dizem como você fala sobre isso."

Esse conselho surge em meio a uma visibilidade climática em declínio. A cobertura da mídia caiu pela metade desde 2023, segundo Anthony Leiserowitz, de Yale, e as buscas no Google News por 'mudança climática' declinaram acentuadamente. Leiserowitz observa que os americanos permanecem preocupados com o aquecimento global, mas o discurso das elites mudou. O Sunrise Movement, outrora focado no Green New Deal desde seu protesto de 2018 no escritório de Nancy Pelosi, agora prioriza resistir ao autoritarismo sob o presidente Trump. A diretora executiva Aru Shiney-Ajay enfatizou: "Ninguém quer se afastar da questão da mudança climática... precisamos constantemente lembrar às pessoas que estamos fazendo isso porque somos jovens lutando por um futuro habitável."

Grupos como a League of Conservation Voters continuam com anúncios culpando os republicanos pelos custos de energia. Tré Easton, do Searchlight, insta a recalibrar as mensagens sem abandonar os valores, citando os resultados de 2024 como evidência de mudança necessária. Enquanto isso, esforços bipartidários silenciosos, como a Lei ADVANCE para energia nuclear assinada pelo presidente Biden no ano passado, mostram progresso sem retórica polarizadora. O senador do Havaí Brian Schatz defende enquadrar as questões em torno do preço: "O caminho para a vitória é falar sobre preço."

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