Uma investigação da Reuters revela que a Trump Organization ganhou US$ 864 milhões na primeira metade de 2025, um aumento de 17 vezes em relação ao ano anterior, com mais de 90% proveniente de empreendimentos de criptomoedas. O relatório destaca as vendas de tokens World Liberty e a moeda meme $TRUMP como principais impulsionadores. Levanta preocupações sobre enriquecimento próprio e laços com investidores com históricos legais.
O relatório da Reuters, publicado no final de outubro de 2025, fornece uma análise detalhada das atividades de criptomoedas da família Trump após o retorno de Donald Trump ao cargo. Baseado nas divulgações oficiais do presidente, registros de propriedades, registros financeiros liberados em casos judiciais, informações de negociações de cripto e outras fontes públicas disponíveis, a análise mostra que a renda da Trump Organization disparou para US$ 864 milhões na primeira metade de 2025, ante US$ 51 milhões no ano anterior.
Deste total, US$ 802 milhões — mais de 90% — originaram-se de empreendimentos de cripto ligados a Trump. Isso inclui vendas de tokens World Liberty por meio da World Liberty Financial, onde os filhos de Trump são listados como cofundadores, e a moeda meme $TRUMP lançada em janeiro de 2025. Para a moeda meme, onde a participação exata de receita da Trump Organization não foi especificada, a Reuters estimou conservadoramente um corte de 50% para evitar superestimar as figuras. Essa estimativa foi avaliada por quatro professores de finanças, dois contadores públicos certificados e um professor de contabilidade, todos experientes em assuntos de cripto; cinco acadêmicos a consideraram razoável, embora dois sugerissem variações com base na estrutura do empreendimento e na marca Trump.
O relatório observa o envolvimento de investidores com 'históricos de enredos legais e regulatórios', como um entusiasta de cripto chinês sob investigação por alegado lavagem de dinheiro na Grã-Bretanha. Enfatiza potenciais conflitos de interesse, pois Trump agora regula a indústria de criptomoedas enquanto lucra com ela, incluindo por meio de investidores estrangeiros de regiões como Oriente Médio, Europa e Ásia. Nenhuma resposta direta da Casa Branca às preocupações éticas aparece nas fontes, mas os achados oferecem a visão mais clara até o momento dos esforços de enriquecimento próprio da família pós-eleição.
