Estudo revela escala oculta do lixo plástico global
Uma nova abordagem científica quantificou a extensão total do lixo plástico que entra no ambiente, revelando uma poluição muito maior do que se estimava anteriormente. A pesquisa, publicada em uma revista líder, destaca plásticos mal gerenciados em rios, solos e oceanos, instando respostas políticas imediatas.
Pesquisadores da Universidade de Leeds e colaboradores internacionais desenvolveram um método abrangente para rastrear os fluxos de lixo plástico, conforme detalhado em um estudo lançado em outubro de 2023. Essa estrutura de 'orçamento de plásticos' considera os plásticos produzidos, usados, descartados e, por fim, que poluem sistemas naturais, estimando que 25 milhões de toneladas de lixo plástico entraram no ambiente anualmente entre 2016 e 2020.
O estudo, publicado na Nature, revela que a poluição plástica cumulativa poderia atingir 1,8 bilhão de toneladas até 2040 se as tendências continuarem. A autora principal, Dra. Rhiannon Hunt, afirmou: "Esta é a primeira vez que conseguimos quantificar a extensão total do lixo plástico que entra no ambiente, incluindo as frações ocultas que muitas vezes são ignoradas." Descobertas chave incluem que apenas 9% dos plásticos são reciclados, com grande parte do restante mal gerenciado—seja em aterros, incinerado ou liberado na natureza.
O contexto de fundo mostra que a produção global de plásticos disparou de 2 milhões de toneladas em 1950 para mais de 400 milhões de toneladas hoje, impulsionada por embalagens e bens de consumo. A pesquisa integra dados de relatórios da indústria, estatísticas de gerenciamento de resíduos e monitoramento ambiental, resolvendo subestimações anteriores ao incluir fontes difusas como filmes agrícolas e equipamentos de pesca.
As implicações são stark: a poluição plástica ameaça a vida marinha, a saúde humana por meio de microplásticos nas cadeias alimentares e ecossistemas em todo o mundo. O coautor, Prof. Timothy Williams, observou: "Esses números devem impulsionar a ação—governos e empresas devem investir em economias circulares e melhor infraestrutura de resíduos." Em resposta, grupos ambientais como o Greenpeace pediram um tratado global sobre plásticos, enquanto a União Europeia avança com proibições de itens de uso único.
Não há contradições principais na fonte, que enfatiza a novidade do estudo em preencher lacunas de dados sem depender de suposições.