Influenciadores financeiros no TikTok e Instagram reformulam conselhos
Uma nova raça de influenciadores financeiros no TikTok e Instagram está cativando audiências jovens com dicas de investimento em porções pequenas, desviando-se do mundo estático de consultores tradicionais. Esses 'finfluencers' utilizam memes, humor e vídeos virais para desmistificar assuntos financeiros. Diferentemente de profissionais licenciados, eles frequentemente operam sem credenciais formais, levantando questões sobre confiabilidade.
O surgimento de influenciadores financeiros, conhecidos como finfluencers, em plataformas de mídia social como TikTok e Instagram marca uma mudança na forma como as gerações mais jovens abordam as finanças pessoais. Esses criadores, muitas vezes na faixa dos 20 ou 30 anos, entregam conselhos por meio de conteúdo envolvente e de formato curto que contrasta fortemente com as consultas formais de consultores de investimento tradicionais.
De acordo com um relatório da MarketWatch, finfluencers como Humphrey Yang, com mais de 1,5 milhão de seguidores no TikTok, simplificam tópicos complexos como Roth IRAs e seleção de ações usando cenários relacionáveis e humor. Yang, um ex-banqueiro, explica: 'Quero tornar as finanças acessíveis a todos, não apenas à elite.' Da mesma forma, Tori Dunlap do Her First $100K ostenta 4,5 milhões de seguidores no Instagram e foca no empoderamento financeiro das mulheres, incentivando os seguidores a 'negociar seus salários e construir fundos de emergência'.
Essa tendência acelerou durante a pandemia de COVID-19, à medida que os lockdowns levaram as pessoas online para educação financeira. O artigo observa que os finfluencers acumularam bilhões de visualizações; por exemplo, o hashtag #FinanceTok do TikTok ultrapassou 100 bilhões de visualizações. Os algoritmos das plataformas amplificam esse conteúdo, tornando-o mais visível do que folhetos de planejadores financeiros certificados.
No entanto, a falta de regulamentação diferencia os finfluencers de consultores de investimento registrados, que devem aderir a padrões fiduciários sob a SEC. O relatório destaca preocupações de especialistas como Ted Jenkin, um planejador financeiro certificado, que alerta: 'Conselhos em mídias sociais podem ser divertidos, mas frequentemente carecem de personalização e podem promover comportamentos arriscados.' Não são detalhados incidentes específicos de dano, mas o texto enfatiza a necessidade de os espectadores verificarem as informações.
Consultores tradicionais, tipicamente mais velhos e credenciados com designações como CFP, operam por meio de firmas e cobram taxas por planos personalizados. Em contraste, os finfluencers monetizam via patrocínios, links de afiliados ou cursos, às vezes borrando as linhas entre educação e promoção. O artigo perfila Vivian Tu, conhecida como Your Rich BFF, que cresceu sua audiência para 3 milhões no TikTok compartilhando dicas 'sem BS' sobre dívidas e investimentos, afirmando: 'Estou preenchendo a lacuna para a Geração Z que desconfia dos bancos'.
Embora os finfluencers democratizem as finanças, sua influência provoca chamadas por melhor supervisão. A SEC emitiu alertas para investidores sobre riscos em mídias sociais, mas a aplicação permanece limitada. Essa evolução reflete mudanças mais amplas no consumo de mídia, onde a confiança flui cada vez mais por meio de marcas pessoais em vez de instituições.