Malásia suspende oficial de futebol em meio a investigação da FIFA sobre fraude

A Federação de Futebol da Malásia (FAM) suspendeu seu secretário-geral pendente de uma investigação sobre as alegações da FIFA de fraude por escalar jogadores inelegíveis. A FIFA suspendeu no mês passado sete jogadores nascidos no exterior e multou a FAM em US$ 438.000 por submeter documentos falsificados em uma eliminatória da Copa Asiática de 2027. A Comissão Anti-Corrupção da Malásia afirmou que reabriria investigações se irregularidades surgirem do recurso em andamento.

A Federação de Futebol da Malásia (FAM) anunciou na sexta-feira a suspensão do secretário-geral Noor Azman Rahman para permitir que um comitê independente investigue as alegações de fraude levantadas pela FIFA. A investigação decorre de uma eliminatória da Copa Asiática de junho de 2027, na qual a Malásia derrotou o Vietnã por 4-0, com sete jogadores nascidos no exterior atuando pela seleção nacional.

A FIFA suspendeu os jogadores no mês passado, citando documentos falsificados ou adulterados envolvendo os locais de nascimento dos avós dos jogadores. O órgão governamental alegou que a FAM submeteu documentos forjados afirmando que os avós nasceram na Malásia, tornando os jogadores elegíveis sob as regras de nacionalidade da FIFA. No entanto, os certificados originais mostravam que os familiares nasceram nos países de origem dos jogadores: Argentina, Brasil, Países Baixos e Espanha. O relatório da FIFA observou que a FAM admitiu ter sido contatada por agências externas sobre a herança dos jogadores, mas falhou em verificar os documentos de forma independente.

O vice-presidente da FAM, Sivasundaram Sithamparam Pillai, afirmou que o comitê que investiga o caso não inclui membros da FAM para garantir independência. "A FAM mantém que esses jogadores foram naturalizados legalmente de acordo com a lei malaia", disse Pillai. "A FAM permanece firme em nossa missão de promover a transparência e proteger a reputação do futebol malaio."

O advogado internacional de esportes Serge Vittoz, representando a FAM, disse que o recurso contra as sanções centra-se em negar responsabilidade por qualquer falsificação. "Não houve falsificação por parte dos jogadores. Não houve falsificação por parte da FAM como instituição, e se alguma irregularidade foi cometida, deve ser direcionada à pessoa em questão", disse Vittoz em uma coletiva de imprensa. A FIFA deve decidir sobre o recurso em 30 de outubro; se fracassar, a FAM pode buscar redução de responsabilidade ou recorrer ao Tribunal de Arbitragem Esportiva.

O comissário-chefe da Comissão Anti-Corrupção da Malásia (MACC), Tan Sri Azam Baki, indicou disposição para intervir. "Não hesitaríamos em reabrir investigações se novas evidências ou irregularidades surgirem, garantindo que a integridade de todo o processo permaneça inabalada", disse ele. A MACC não iniciou uma investigação formal, considerando o assunto como uma questão técnica entre a FAM e a FIFA relacionada à submissão de documentos.

Este escândalo representa um revés para o futebol malaio, especialmente com o ex-presidente da FAM, Hamidin bin Haji Mohd Amin, no Conselho da FIFA e o ex-rei Sultan Abdullah Sultan Ahmad Shah tendo servido no comitê diretivo da FIFA de 2015 a 2019.

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