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Cientistas identificam cinco perfis de sono distintos e ligações com a saúde

08 de outubro de 2025
Reportado por IA

Pesquisadores identificaram cinco tipos de padrões de sono entre adultos jovens, cada um associado a problemas específicos de saúde mental e diferenças na atividade cerebral. O estudo destaca como distúrbios do sono, uso de auxílios e duração curta se conectam à cognição, emoções e comportamentos. Esses perfis oferecem novas perspectivas sobre o amplo impacto do sono no bem-estar.

Uma equipe liderada por Valeria Kebets na Universidade Concordia em Montreal, Canadá, examinou os efeitos multifacetados do sono analisando sete fatores relacionados ao sono — como satisfação e uso de auxílios — junto com 118 medidas de cognição, uso de substâncias e saúde mental. Eles coletaram dados de 770 adultos saudáveis dos EUA com idades entre 22 e 36 anos, usando testes cognitivos, pesquisas de sono e exames cerebrais.

O primeiro perfil apresenta sono ruim, incluindo maiores distúrbios, baixa satisfação e tempo mais longo para adormecer, ligado a pior saúde mental como depressão, ansiedade, raiva, medo e estresse. Exames cerebrais revelaram conectividade reduzida entre redes de auto-reflexão, como a temporoparietal, e redes de atenção como somatomotora e atenção dorsal, potencialmente levando a ruminação em vez de foco externo.

O segundo perfil mostra desafios de saúde mental, especialmente desatenção, apesar de uma qualidade de sono decente. Kebets descreve isso como 'resiliência do sono', notando: “Então, pior saúde mental, que não necessariamente afeta o sono.” Diferente do primeiro grupo, ele carece desses problemas específicos de conectividade cerebral, sugerindo que eles decorrem de problemas de sono em vez de saúde mental isolada.

O perfil três liga o uso de auxílios para dormir — variando de medicamentos a chás — a memória pior e reconhecimento emocional, com conectividade reduzida em regiões cerebrais de visão, memória e emoção.

O quarto envolve menos de 7 horas de sono noturno, correlacionado com precisão reduzida e reações mais lentas em testes de processamento emocional, linguagem e habilidades sociais, além de mais agressão e conectividade aumentada em redes cerebrais, semelhante aos efeitos da privação de sono.

Finalmente, o quinto perfil inclui despertares frequentes, associados a processamento de linguagem prejudicado, memória de trabalho, ansiedade, uso indevido de substâncias e agressão.

Kebets enfatiza: “O sono é tão central para o seu senso de bem-estar, e está relacionado à cognição, à saúde física, à saúde mental, ao uso de substâncias – tantos aspectos do seu funcionamento.” O estudo, publicado na PLOS Biology (DOI: 10.1371/journal.pbio.300339), encontrou apenas associações, não causalidade, e nota que nem todos os participantes se encaixam perfeitamente; a amostra majoritariamente branca pode ignorar outros perfis étnicos.

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