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Suprema Corte dos EUA mantém aprovação da FDA para mifepristona

30 de setembro de 2025
Reportado por IA

A Suprema Corte dos EUA decidiu por unanimidade em 13 de junho de 2024 que a aprovação da FDA para a pílula abortiva mifepristona é válida e permanece em vigor. A decisão rejeitou desafios de grupos antiaborto, afirmando a autoridade regulatória da agência. Essa decisão garante o acesso contínuo ao aborto medicamentoso, que representa mais da metade dos abortos nos EUA.

Em uma decisão de 9-0, a Suprema Corte se posicionou ao lado da FDA no caso FDA v. Alliance for Hippocratic Medicine. Os desafiantes, um grupo de médicos e organizações antiaborto, argumentaram que a FDA aprovou indevidamente a mifepristona em 2000 e expandiu sua disponibilidade em 2016 e 2021. Eles buscaram restringir ou revogar a aprovação, alegando que ela representava riscos à saúde das mulheres e violava a Lei Comstock.

O juiz Brett Kavanaugh escreveu a opinião majoritária, afirmando que os autores da ação careciam de legitimidade para processar porque não podiam demonstrar dano direto. "Nem a FDA nem qualquer outra agência federal é responsável por fazer cumprir a distribuição e administração da mifepristona", escreveu Kavanaugh. Ele enfatizou que médicos contrários ao aborto poderiam simplesmente recusar prescrevê-la, evitando qualquer conflito ético.

A decisão reverte decisões de tribunais inferiores que haviam restringido temporariamente o acesso à mifepristona. Em abril de 2023, um juiz federal do Texas emitiu um bloqueio nacional ao uso da pílula, que foi parcialmente suspenso pela Suprema Corte por um voto de 7-2. A 5ª Corte de Apelações dos EUA então limitou as restrições às mudanças de 2016 e 2021, mas a decisão mais recente da Suprema Corte restaura o status quo.

A mifepristona, usada em combinação com misoprostol, é o primeiro medicamento em um regime de aborto medicamentoso de duas etapas aprovado pela FDA. De acordo com o Guttmacher Institute, os abortos medicamentosos representaram 63% de todos os abortos nos EUA em 2023. O medicamento foi considerado seguro e eficaz, com complicações graves ocorrendo em menos de 0,5% dos casos.

Defensores antiaborto expressaram decepção. "Isso não é o fim da luta", disse Erika Christensen, da Alliance for Hippocratic Medicine. Do outro lado, defensores dos direitos reprodutivos celebraram o resultado. "Isso é uma vitória para o estado de direito e para o processo científico da FDA", disse Mini Timmaraju, presidente da A Choice for America.

A decisão ocorre em meio a batalhas legais em andamento sobre o acesso ao aborto após a derrubada de Roe v. Wade em 2022. Embora preserve o acesso nacional à mifepristona por correio e telemedicina, as restrições em nível estadual continuam a variar.

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