Departamento de Estado dos EUA critica duramente CIJ por decisão sobre ajuda a Gaza

O Departamento de Estado dos EUA criticou duramente a opinião consultiva da Corte Internacional de Justiça que exige que Israel facilite a ajuda humanitária a Gaza por meio de agências da ONU, incluindo a UNRWA. Washington descreveu a decisão não vinculante como corrupta e politicamente tendenciosa contra Israel. A decisão rejeitou as preocupações de Israel sobre os supostos laços da UNRWA com o Hamas.

Na quarta-feira, 22 de outubro de 2025, o Departamento de Estado dos EUA emitiu uma forte repreensão contra a Corte Internacional de Justiça (CIJ) após sua recente opinião consultiva. A CIJ decidiu que Israel está legalmente obrigado pelo direito internacional a cooperar com agências das Nações Unidas, incluindo a Agência de Socorro e Obras das Nações Unidas para Refugiados da Palestina (UNRWA), para garantir que a população de Gaza receba suprimentos essenciais como comida, água, cuidados médicos e abrigo. A opinião também condenou o uso da fome ou deportações forçadas como métodos de guerra e estendeu os requisitos às populações em Judeia e Samaria, e Jerusalém Oriental.

Em uma postagem no X, o Departamento de Estado rotulou a decisão como "outra decisão corrupta da CIJ." Afirmou: "Enquanto o Presidente Trump e a Secretária Rubio trabalham incansavelmente para trazer paz à região, esta suposta 'corte' emite uma 'opinião consultiva' não vinculante e descaradamente politizada que ataca injustamente Israel e dá à UNRWA um passe livre por suas profundezas..." O departamento alertou ainda: "O abuso contínuo da CIJ de sua discrição em opiniões consultivas sugere que não é nada mais do que uma ferramenta política partidária, que pode ser usada como arma contra os americanos."

A CIJ rejeitou os argumentos de Israel de que as instalações da UNRWA contêm centros de comando do Hamas, depósitos de armas e que centenas de seus funcionários são operativos do Hamas, encontrando "provas insuficientes" de colaboração. Isso contrasta com declarações como a do ex-chefe da UNRWA, Peter Hansen: "Estou certo de que há membros do Hamas na folha de pagamento da UNRWA e não vejo isso como um crime."

O Ministério das Relações Exteriores de Israel rejeitou categoricamente a opinião, chamando a cooperação com uma agência "infestada de atividades terroristas" de inaceitável e acusando a corte de ignorar evidências extensas dos laços da UNRWA com o Hamas. Uma voz dissidente na CIJ, a Vice-Presidente Julia Sebutinde, argumentou que a opinião ignorou as preocupações de segurança de Israel e que não está vinculada a canalizar ajuda especificamente através da UNRWA.

Esta decisão segue decisões anteriores da CIJ, incluindo uma declaração de julho de 2024 de que a presença de Israel na Judeia e Samaria é ilegal, e investigações em andamento do Tribunal Penal Internacional sobre líderes israelenses—ações opostas pelos EUA sob políticas da era Trump que sancionaram juízes do TPI por mirar americanos e israelenses.

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