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Cientistas descobrem circuito cerebral que impulsiona recaída na dependência de álcool

08 de outubro de 2025
Reportado por IA

Pesquisadores do Scripps Research identificaram uma região do cérebro que se torna hiperativa em ratos, ligando o álcool ao alívio do estresse de abstinência e promovendo recaídas. O núcleo paraventricular do tálamo desempenha um papel chave nesse aprendizado de reforço negativo. Os achados, publicados em 5 de agosto de 2025, podem informar tratamentos para dependência e transtornos relacionados.

Um novo estudo do Scripps Research revela como um circuito cerebral específico prende indivíduos na dependência de álcool ao associar a substância à fuga do desconforto da abstinência. Publicado em Biological Psychiatry: Global Open Science em 5 de agosto de 2025, a pesquisa focou no núcleo paraventricular do tálamo (PVT) em ratos. Essa região cerebral medial mostrou atividade elevada quando os ratos aprenderam a ligar pistas ambientais à capacidade do álcool de aliviar sintomas de abstinência, impulsionando comportamento de recaída persistente.

A equipe, liderada pelos autores principais Friedbert Weiss, professor de neurociência no Scripps Research, e Hermina Nedelescu, comparou quatro grupos de ratos usando imagens cerebrais avançadas. Apenas aqueles expostos à abstinência e condicionados a buscar álcool por alívio exibiram forte ativação do PVT. "O que torna a dependência tão difícil de quebrar é que as pessoas não estão simplesmente perseguindo uma euforia", explicou Weiss. "Elas também estão tentando se livrar de estados negativos poderosos, como o estresse e a ansiedade da abstinência."

Isso se baseia no trabalho de 2022 de Weiss e Nedelescu, que examinou ciclos de aprendizado no transtorno por uso de álcool que afeta cerca de 14,5 milhões de americanos. O consumo inicial reforça a busca por prazer, mas a abstinência repetida intensifica o reforço negativo, tornando a recaída mais teimosa—mesmo sob punição. "Essa região cerebral acendeu em todos os ratos que passaram por aprendizado relacionado à abstinência", observou Nedelescu. "Isso nos mostra quais circuitos são recrutados quando o cérebro liga o álcool ao alívio do estresse."

O papel do PVT se alinha com seu envolvimento conhecido em estresse e ansiedade, explicando por que a agonia da abstinência fortalece a dependência. Além do álcool, o mecanismo pode se aplicar a transtornos de ansiedade e evitação de traumas. Estudos futuros explorarão ratos fêmeas e neuroquímicos no PVT para mirar novas terapias. Coautores incluem Elias Meamari, Nami Rajaei e outros, com financiamento dos Institutos Nacionais de Saúde.

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