Esqueleto de dinossauro resolve debate sobre fósseis minúsculos de T. rex

Um esqueleto completo de dinossauro forneceu evidências fortes de que fósseis há muito debatidos como juvenis de Tyrannosaurus rex pertencem a uma espécie separada chamada Nanotyrannus. Pesquisadores analisaram um espécime do local 'Duelling Dinosaurs', confirmando-o como um indivíduo totalmente crescido distinto de T. rex. As descobertas desafiam décadas de argumentos paleontológicos.

O debate sobre se certos fósseis pequenos de tiranossauros do final do período Cretáceo representam Tyrannosaurus rex jovens ou uma espécie distinta persiste há décadas. Começou com um crânio descoberto na Formação Hell Creek, em Montana, na década de 1940, inicialmente classificado como Gorgosaurus e mais tarde sugerido como um T. rex juvenil. Em 1988, pesquisadores propuseram-no como um adulto de uma nova espécie, Nanotyrannus lancensis, embora muitos especialistas continuassem a ver tais fósseis como T. rex imaturos.

Um avanço veio com a análise de um esqueleto completo do espécime 'Duelling Dinosaurs', escavado em 2006 por caçadores de fósseis comerciais. Este fóssil, apresentando um Triceratops enterrado ao lado do tiranossauro há cerca de 67 milhões de anos, foi adquirido em 2020 pelo Museu de Ciências Naturais da Carolina do Norte. "Quando adquirimos o espécime, sabíamos que era excepcional", diz Lindsay Zanno no museu. "Não tínhamos ideia de que ele viraria de cabeça para baixo décadas de pesquisa sobre o dinossauro mais famoso do mundo."

Zanno e o colega James Napoli na Universidade Stony Brook examinaram os restos, encontrando características distintas: padrões diferentes de nervos e seios no crânio, mais dentes, mãos maiores e cauda mais curta—traços que não mudam com o crescimento. O indivíduo estava totalmente crescido com cerca de 20 anos, pesando 700 quilos e medindo 5,5 metros de comprimento, cerca de um décimo da massa e metade do comprimento de um T. rex adulto.

A equipe reanalisou mais de 200 fósseis de tiranossauros, reclassificando o espécime quase completo 'Jane' de Hell Creek como uma nova espécie, Nanotyrannus lethaeus. "Temos apenas um esqueleto de N. lethaeus, mas sua anatomia sugere que era uma espécie maior", observa Zanno, citando padrões de seios únicos e formas ósseas.

Os especialistas em grande parte acolhem a evidência de Nanotyrannus como distinta. Scott Persons no Museu Estadual da Carolina do Sul o chama de "um dos predadores de dinossauros mais assustadores", comparando-o a um guepardo versus a constituição semelhante a um leão de T. rex. Thomas Carr no Carthage College considera a evidência de Duelling Dinosaurs "muito conclusiva" para uma espécie não T. rex, mas questiona a classificação de Jane, notando a escassez de fósseis confirmados de T. rex juvenis. Holly Ballard na Oklahoma State University aceita o tamanho quase adulto do espécime, mas argumenta que Jane ainda estava crescendo e maior que N. lancensis, reacendendo debates antigos.

O estudo, publicado na Nature, ressalta a necessidade de mais coleções de tiranossauros de Hell Creek para esclarecer o crescimento inicial de T. rex.

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