Illustration of Colombia's central bank governor announcing unchanged interest rates amid rising inflation, with President Petro's reaction inset.

Banco de la República mantém taxa de juros em 9,25 %

Imagem gerada por IA

O Banco de la República decidiu manter a taxa de juros em 9,25 % para outubro de 2025, citando a inflação em alta pelo terceiro mês consecutivo. O presidente Gustavo Petro reagiu afirmando que as taxas só cairão com a próxima nomeação para o conselho. O gerente Leonardo Villar esclareceu que a próxima nomeação está programada para fevereiro de 2029.

O conselho de diretores do Banco de la República anunciou em 31 de outubro de 2025 que a taxa de intervenção de política permanecerá em 9,25 %, um nível estável desde abril deste ano. Essa decisão foi tomada na sétima reunião do ano, após um corte anterior de 25 pontos base. Quatro codiretores votaram pela manutenção, dois por uma redução de 50 pontos base e um por 25 pontos base.

A inflação total em setembro subiu para 5,2 %, o mesmo nível do final de 2024, pelo terceiro mês consecutivo, enquanto a inflação subjacente permaneceu em 4,8 %. As expectativas de inflação, de pesquisas e do mercado de dívida pública, superam 3 % para os próximos dois anos. O banco destacou o dinamismo da demanda interna, impulsionado pelo consumo privado e público, e uma recuperação nos investimentos em máquinas e obras civis. Externamente, as condições financeiras se aliviaram devido aos cortes de taxas nos EUA, embora o déficit comercial esteja se ampliando por importações maiores.

O presidente Gustavo Petro comentou: «a taxa de juros só cairá quando escolhermos o próximo membro do conselho do Banco de la República». Villar respondeu: «a próxima nomeação programada de um membro do conselho será em fevereiro de 2029», e negou conhecimento de renúncias. Três codiretores de 2021 — Bibiana Taboada, Jaime Jaramillo-Vallejo e Mauricio Villamizar — terminam seus mandatos este ano, mas não há sinais de vagas imediatas.

A equipe técnica projeta um crescimento de 2,6 % para 2025 e 2,9 % em 2026, com a inflação se aproximando de 3 % em 2027. Analistas como Jackeline Piraján do Scotiabank Colpatria explicaram que taxas altas incentivam o poupar em vez de crédito excessivo, estabilizando instrumentos como os CDTs. O Ministério da Fazenda insiste em uma diferença entre a taxa real e a taxa neutra que permitiria cortes para reativar a economia. Alguns especialistas, como a Skandia, antecipam um possível corte para 9 % até o final do ano, mas a maioria espera estabilidade.

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